<P>O diretor-geral da ANTAQ, Fernando Fialho, defendeu, durante palestra na Escola de Guerra Naval da Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro, na quarta-feira (16), a construção de eclusas para se garantir a navegabilidade das hidrovias brasileiras. Para ele, com esses investimentos, é possível ass...
AssessoriaO diretor-geral da ANTAQ, Fernando Fialho, defendeu, durante palestra na Escola de Guerra Naval da Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro, na quarta-feira (16), a construção de eclusas para se garantir a navegabilidade das hidrovias brasileiras. Para ele, com esses investimentos, é possível assegurar o uso múltiplo das águas.
Fialho, que participou do painel Hidrovias Anteriores, ressaltou que os rios brasileiros devem ser utilizados para a navegação e a produção de energia elétrica. “Por isso, é que se deve construir uma hidrelétrica simultaneamente com a eclusa. O custo da obra fica mais caro apenas 5%. Agora, se a eclusa for construída depois que a hidrelétrica estiver pronta, o valor do investimento fica 30% mais caro”, explicou.
Para fundamentar sua opinião, Fialho citou os exemplos da Bélgica e da Holanda. Com 32.545km2, os belgas possuem 17 eclusas. Os holandeses, com 41.526km2, têm 96. O Brasil, com mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, possui apenas 20 eclusas.
Durante a palestra, Fialho disse que o Brasil precisa equilibrar a matriz de transporte, ou seja, desafogar o modal rodoviário. Além disso, o diretor-geral defendeu a intermodalidade. Isso porque o país obteve uma safra 2006/2007 de mais de 131 milhões de toneladas, com uma área produtiva de 46 milhões de hectares. “Integrar rodovias, ferrovias, hidrovias, portos é importante para o escoamento dessa produção”, afirmou.
O diretor-geral ainda afirmou que as hidrovias preservam o meio ambiente. “Para se implementar hidrovias, é preciso preservar as matas ciliares. Sem falar que o transporte hidroviário contribui para o desaquecimento global, já que emite menos gás carbônico. De acordo com estudos da Superintendência de Navegação Interior da ANTAQ (SNI), o transporte rodoviário emite 116kg a cada mil toneladas por quilômetros úteis transportadas. O ferroviário emite 34kg. Já o hidroviário, 20kg.
Curso
De acordo com os representantes da Escola de Guerra Naval da Marinha do Brasil, o painel Hidrovias Interiores propiciou a exposição e a análise da capacidade hidroviária brasileira no contexto da Política Marítima Nacional. Os tópicos do painel foram os seguintes: o transporte hidroviário do Brasil; bacias hidrográficas: interligação e intermodalidade; a construção de eclusas e projetos hidrelétricos; situação e problemas atuais; e perspectivas.
A participação da ANTAQ aconteceu devido ao fato de que a Escola de Guerra Naval realiza, anualmente, painéis no Curso de Política e Estratégia Marítimas e no Curso de Estado-Maior para Oficiais Superiores nos quais são apresentados e debatidos assuntos relacionados aos diversos setores da Administração Pública Federal.
No dia 2 de junho, o diretor da ANTAQ, Murillo Barbosa, já havia participado do painel A Marinha Mercante Brasileira. Barbosa analisou a conjuntura da Marinha Mercante Brasileira, enfocando diversos tópicos, entre eles a organização do setor, legislação, participação no transporte e bandeiras de conveniências.
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