Vivemos uma geração opositora do intelecto? Cientista explica como percepção sobre inteligência mudou

03/06/2022 15:19

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Com o advento das redes sociais, da informação rápida, da instantaneidade das ações, pessoas como Einstein, Beethoven, e outros grandes gênios teriam as mesmas oportunidades se vivessem nos dias de hoje?

O neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Agrela explicou que, antigamente admirava-se o intelecto e os gênios da época tinham oportunidades justamente pelo fato das pessoas terem admiração por eles. "As pessoas apostaram neles. Hoje em dia, você passa despercebido no meio da multidão. Se você tem uma boa ideia ou um pensamento revolucionário, as outras pessoas veem isso como competição pois estamos vivendo uma era narcisista", afirmou. 

Diante disso, se destacar, que é algo que as pessoas com inteligência acima da média fazem, pode acabar parecendo um problema para as demais pessoas. Para o PhD em neurociências, "terão pessoas que vão tentar negligenciar a capacidade intelectual dos outros. É necessário ter coragem para se sobressair". 

Fabiano também disse que essa era narcisista dos dias atuais se deve muito às famosas redes sociais, em que há uma certa disputa entre quem tem a melhor vida. 

"Dentro dessa cultura de rede social, em que o que você posta é o que define quem você é, as pessoas competem entre si para serem aceitas. A cultura da rede social aumenta o narcisismo que já é inerente aos seres humanos", disse. 

O professor também explicou que, quando estamos atrás de uma tela, estamos mais sozinhos, porque a interação real e humana ao nosso redor acaba diminuindo. "Se tivéssemos uma interação maior entre as pessoas, a necessidade de aceitação não seria tão grande assim."

 

Sobre Fabiano de Abreu Agrela

Dr. Fabiano de Abreu Agrela é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negocios na Espanha, FABIC do Brasil e investigador cientista na Universidad Santander de México.

Fonte: Redação TN com assessoria

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