Artigo

Mercado livre de energia cresce 21% e se consolida como opção econômica e sustentável, por Alan Henn

Redação TN Petróleo/Assessoria
06/08/2024 14:38
Mercado livre de energia cresce 21% e se consolida como opção econômica e sustentável, por Alan Henn Imagem: Divulgação Visualizações: 814 (0) (0) (0) (0)

O mercado livre de energia registrou um novo crescimento nos primeiros cinco meses de 2024. O setor ganhou 8.936 novos consumidores entre os meses de janeiro e maio, como apontam os dados divulgados recentemente pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). O número é 21% maior do que o registrado em todo o ano passado.

Outro dado relevante sobre esse setor é que ele já representa 41% de toda a demanda nacional, segundo balanço divulgado pela Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia).

As novas adesões ocorreram, principalmente, nas regiões Sul e Sudeste. No entanto, é importante ressaltar que os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste também apresentam quantidades significativas de migrações do mercado cativo (em que os clientes são atendidos pelas distribuidoras locais) para o mercado livre.

Para quem não está familiarizado com o setor, as empresas que possuem a partir de R$8 mil por mês de gastos com energia elétrica podem solicitar sua portabilidade para o mercado livre de energia e obter vantagens como a liberdade de escolher o fornecedor mais adequado para os seus negócios.

As companhias que aderem ao mercado livre de energia também têm acesso a outros benefícios, entre eles: preços mais baixos, estrutura regulatória sólida e acesso à energia de fontes renováveis, sem a necessidade de investimentos em usinas, painéis fotovoltaicos e obras desnecessárias. Por possuir tais benefícios, o mercado livre de energia sempre se apresentou como uma opção econômica e sustentável.

No entanto, esse crescimento foi impulsionado no início deste ano, com a abertura regulatória do setor. Até o final de 2023, havia um requisito mínimo de consumo, que ainda era bastante restritivo para a maioria dos clientes que não eram do segmento industrial. Com o novo decreto, isso mudou e todas as empresas do grupo A passaram a ter o direito de realizar a portabilidade para o mercado livre. Por isso, comércios locais, escolas, faculdades, prédios comerciais, condomínios residenciais e outros negócios puderam realizar a migração ainda nos primeiros meses de 2024.

Segundo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), mais de 23 mil organizações sinalizaram às distribuidoras locais a intenção de mudar do mercado cativo para o mercado livre neste ano.

E, de acordo com a CCEE, São Paulo foi o estado com o maior número de migrações em maio, com 626, sendo que os setores de serviços, comércio e manufaturados diversos lideraram o ranking de portabilidade durante o mês.

O crescimento do mercado livre de energia não impacta positivamente apenas os consumidores. As comercializadoras varejistas que viabilizam a portabilidade entre os consumidores finais e as distribuidoras, que precisam investir constantemente em tecnologia para tornar a experiência dos usuários mais simples, também têm celebrado bons resultados. A Voltera, companhia que fundei em 2020, cresceu mais de 100% em seu faturamento nos últimos 12 meses e pretende estar presente em todos os estados brasileiros ainda neste ano.

O mercado livre de energia deve seguir crescendo nos próximos anos, impulsionado pelas pequenas e médias empresas. A flexibilização regulatória e a busca por economia e sustentabilidade, além dos ganhos em termos de ESG (Environmental, Social and Governance), consolidam o setor como uma opção viável para negócios de diversos segmentos.

Sobre o autor: Alan Henn é graduado em Engenharia Elétrica pela USP (Universidade de São Paulo). É CEO e fundador da Voltera Energia, companhia que conecta e democratiza o acesso de qualquer empresa do Brasil ao mercado livre de energia.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Reconhecimento
thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul é reconhecida, pelo se...
17/10/24
Etanol de milho
BNDES aprova R$ 500 mi para planta de etanol de milho no...
16/10/24
Etanol
Hidratado sobe 2,31% na semana; anidro também valoriza
14/10/24
Belo Horizonte
Inovação e transição energética serão alguns dos temas d...
11/10/24
Transição Energética
Transição energética justa só existe se o consumidor for...
10/10/24
Etanol
FS realizará segunda fase de investimento no projeto BEC...
08/10/24
Evento
Ultragaz participa do evento Liderança Verde Brasil Expo
08/10/24
Descarbonização
MME anuncia R$ 6 bilhões em investimentos para descarbon...
07/10/24
Etanol
Anidro e hidratado fecham a semana no vermelho
07/10/24
Evento
Naturgy debate as perspectivas do biometano e do gás nat...
04/10/24
UTILIDADE PÚBLICA
Aviso de RECALL - Decathlon
03/10/24
Inteligência Artificial
Somente 10% das empresas brasileiras estão prontas para ...
30/09/24
Meio ambiente
Diante da crise climática, gigantes como Petrobras, Bras...
30/09/24
Etanol
Hidratado valoriza 2,28% na semana e anidro volta a subi...
30/09/24
Inteligência Artificial
NEC utiliza IA para analisar a confiabilidade das inform...
27/09/24
Estudo Inédito
Estudo inédito mapeia oportunidades de desenvolvimento i...
27/09/24
Climate Week
Schneider Electric lidera discussões de transição energé...
27/09/24
ROG.e 2024
Setor de óleo e gás impulsiona transição energética
26/09/24
Construção Sustentável
A transformação sustentável nos edifícios é indispensáve...
25/09/24
ROG.e 2024
Esforços das empresas para reduzir emissões têm destaque...
25/09/24
ROG.e 2024
Biorrefino e gás natural são essenciais para a transição...
24/09/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21