O debate atual entre a Usiminas e a Transpetro refletem o jogo das relações comerciais normais entre consumidor e fornecedor sobre questões de preço. O SINAVAL considera que a questão não tem aspectos políticos, ao contrário do informe publicitário divulgado pela Usiminas na imprensa. A imp
SinavalOpinião: Presidente do Sinaval - Ariovaldo Rocha
A indústria de construção e reparação naval e offshore brasileira tem com a indústria siderúrgica local uma parceria natural. O SINAVAL mantém entendimentos com o IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia) sobre a questão do fornecimento e do preço do aço de chapa grossa, insumo essencial aos estaleiros para a construção estrutural de navios e plataformas de petróleo.
O debate atual entre a Usiminas e a Transpetro refletem o jogo das relações comerciais normais entre consumidor e fornecedor sobre questões de preço. O SINAVAL considera que a questão não tem aspectos políticos, ao contrário do informe publicitário divulgado pela Usiminas na imprensa. A importação é uma solução pontual para regulação de preços que no ano passado sofreram diversos aumentos.
O sistema Usiminas-Cosipa, como único fornecedor de aço de chapa grossa detém um virtual monopólio deste segmento. Ao longo dos anos, diversos estaleiros relataram episódios onde a força desse monopólio ficou aparente, através da imposição de situações de fornecimento, com mudanças unilaterais em acordos de preço e de prazos.
Críticas a Transpetro pela importação de aço da China, por questão de preços, para a construção de seus petroleiros, não podem ser levadas a sério considerando que importações de aço da China também são realizadas pela Usiminas-Cosipa, para revender a seus clientes.
A Petrobras, acionista controlador da Transpetro, é o gerador da quase totalidade das encomendas de aço de chapa grossa (navios de apoio, navios petroleiros, e gasodutos), nem por isso tem recebido um tratamento adequado que comercialmente seria oferecido a qualquer grande cliente.
Neste momento o Brasil está envolvido num esforço de construção de infra-estrutura que definirá um novo espaço de participação internacional do país. Esse futuro próximo trará benefícios a todas as empresas brasileiras.
Em relação a indústria de construção naval, os entendimentos com o IBS vem se realizando, na tentativa de chegar a uma posição que atenda aos interesses de todos, não apenas da Usiminas-Cosipa. A questão pontual do preço não deve ofuscar a visão de que a indústria naval vem a sete anos em processo de recuperação, desde 2008 está em processo de consolidação, e o crescimento do consumo de aço de chapa grossa não pode ser considerado uma surpresa.
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