<P>Um acordo de última hora, fechado na sexta-feira (15), entre a Enavi Indústria Naval e a empresa americana Western Geophisical Company (WesternGeco), evitou o dique-flutuante Almirante Guilhem, fosse leiloado na última segunda-feira (18). A Enavi, proprietária do dique, concordou em pagar o t...
Glauco FigueiredoUm acordo de última hora, fechado na sexta-feira (15), entre a Enavi Indústria Naval e a empresa americana Western Geophisical Company (WesternGeco), evitou o dique-flutuante Almirante Guilhem, fosse leiloado na última segunda-feira (18). A Enavi, proprietária do dique, concordou em pagar o total R$ 1,361 milhão a título de indenização por lucro cessantes, pleiteado pela empresa de geofísica. O processo de entendimento entre as partes levou uma semana para ser concluído, depois de ter se arrastado na Justiça por 21 anos. O caso estava sendo tratado pela juíza Margaret de Olivaes Valle dos Santos, da 4ª Vara Cível de Niterói.
De acordo com o advogado, Raphael Miranda, do escritório Sergio Bermudes, que representa a Enavi, a questão foi resolvida a contento de ambas as partes. Houve uma acordo entre as partes o que justificou a decisão juíza de revogar o leilão, informou o advogado do escritório Sergio Bermudes.
A briga entre as duas empresas começou em 1985. Na época, o navio Western Strait da empresa de geofísica havia sido afretado pela Petrobras para a realização de trabalhos de prospecção geológica, em busca de possíveis poços de petróleo. Durante a realização do serviço, a embarcação apresentou problemas e foi enviada para passar por reparos no estaleiro da Enavi. Entretanto, um incêndio acabou ocorrendo no navio durante os reparos, obrigando-o a permanecer por três semanas a mais do que previsto inicialmente no estaleiro.
A companhia americana questionou na justiça os valores referentes ao aluguel diário que seriam pagos pela Petrobras, para utilização do navio Western Straits, e calculou em US$ 300 mil as perdas por lucros cessantes. O montante incluía as despesas com o custo de manutenção da tripulação em terra. O pleito da WesternGeco acabou sendo acolhido pela juíza Margaret dos Santos que havia determinado, para o último dia 18 de setembro, o leilão do Almirante Guilhem, com lance mínimo por US$ 4,1 milhões.
Segundo o advogado do escritório Bastos-Tigre, Renato Pereira de Freitas, que representou a WesternGeco, a Enavi tomou a decisão fazer um acordo ao perceber que poderia perder o Almirante Guilhem no leilão. Eles tentaram evitar o leilão com todos os recursos estabelecidos na lei, mas quando perceberam que poderiam perder o dique nos procuraram para um acordo, disse o advogado da Bastos-Tigre.
O dique-flutuante Almirante Guilhem possui 200 metros de comprimento, 32,8 metros de boca, capacidade para suportar navios de até 18 mil toneladas e dois guindastes de 10 mil toneladas com capacidade de 10 toneladas.
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