Peritos da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) iniciam no Porto de Itaqui, no Maranhão, o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica para a expansão da infraestrutura portuária. O trabalho faz parte da missão da agência japonesa de investir em grandes projetos nos países em desenvolvimento e representa a segunda fase dos serviços no complexo maranhense, iniciados em 2009.
Na última quarta-feira, executivos da JICA apresentaram uma análise preliminar do projeto ao presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), Luiz Carlos Fossati, ao diretor de Planejamento e Desenvolvimento da EMAP, Daniel Vinent, ao secretário de Estado da Indústria e Comércio (SINC) e adjunto da SINC, Maurício Macedo e David Braga Fernandes, respectivamente, em reunião na sede administrativa da EMAP.
“Em nossa última visita ao Estado, formamos o comitê gestor composto por representantes da EMAP, JICA e governo do Maranhão para acompanhamento do estudo”, destacou Hiroyuki Nakazono, oficial sênior da JICA Brasil, do Departamento da América Latina e Caribe.
Na ocasião, foi demonstrada a análise preliminar do que será realizado nos próximos meses, com base no projeto de expansão portuária - fruto da primeira fase do estudo da JICA no Maranhão - que prevê a construção de mais dois berços, o 99 e o 98, no Porto.
A segunda fase do estudo consiste em demonstrar a viabilidade técnica e econômica dessa expansão. Os dois novos berços devem atender à demanda dos investimentos em instalação no Maranhão, como a termelétrica MPX Itaqui, Refinaria Premium I, da Petrobras, dentre outros. Além de atender à futura expansão do projeto do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram).
“A nossa expectativa em receber esse estudo e viabilizar a expansão do Porto do Itaqui é muito grande”, frisou o presidente da EMAP, Luiz Carlos Fossati aos japoneses. Pela JICA, participaram da exposição na EMAP os empresários Hiroyuki Nakazono, oficial sênior da JICA Brasil, do Departamento da América Latina e Caribe; Masayuki Eguchi, representante sênior da JICA Brasil e Julio Akira Inoue, coordenador de Projetos da JICA Brasil.
Segundo Júlio Akira Inoue, coordenador de Projetos da JICA Brasil, com o estudo de cooperação, os dois países ganham, já que a expansão do Porto irá otimizar o escoamento da produção, inclusive, a exportação de cargas para o Japão.
“Além de cooperarmos com a diminuição da desigualdade social no estado do Maranhão, os produtos podem ficar mais baratos ao chegar ao nosso país, assim contribuímos também para a estabilidade de preços”, disse Akira. O técnico afirmou que a escolha pelo Itaqui deu-se, principalmente, pelas vantagens naturais apresentadas pelo porto, em especial, sua profundidade.
Oito peritos da agência japonesa devem ficar em São Luís por oito meses, período para o qual está prevista a conclusão do estudo. “De posse das informações sobre viabilidade, o governo do Maranhão poderá obter recursos para o financiamento dessas obras”, disse o secretário Maurício Macedo.