Aliança Navegação trará dez navios na cabotagem até o final de 2006
Com o aquecimento do mercado de transporte de cabotagem, a Aliança Navegação e Logística anunciou que, a partir do segundo semestre de 2006, colocará novos navios para atender à demanda do serviço marítimo costa a costa. Desde 1998, a empresa tem como um dos principais foc...
Redação
29/03/2006 00:00
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Com o aquecimento do mercado de transporte de cabotagem, a Aliança Navegação e Logística anunciou que, a partir do segundo semestre de 2006, colocará novos navios para atender à demanda do serviço marítimo costa a costa. Desde 1998, a empresa tem como um dos principais focos de negócios a atuação contínua e estruturada na modalidade. - Na percepção de que o Brasil, com a extensão que tem e com a descentralização do desenvolvimento nacional, investimos na navegação de cabotagem, sentindo que as rodovias não teriam condições de suportar a demanda de carga e a intensidade do transporte, além de o governo brasileiro não ter condições de aportar recursos para a imensa malha rodoviária que temos -, José Antônio Cristóvão Balau, diretor de Operações, Logística e Cabotagem da Aliança Navegação e Logística . De acordo com o resultado obtido nos anos anteriores pela empresa, a aceitação e a combinação do modal terrestre com o marítimo tem sido positiva, segundo o executivo. - Esse nosso plano da cabotagem, de colocar mais navios, não é uma aposta de 2006, mas faz parte de um planejamento traçado há alguns anos. E neste ano vimos que é o momento ideal para trazermos os dois maiores navios da frota (Aliança Brasil e Aliança Europa), para operar no tráfego da costa brasileira e da América do Sul -, explicou Balau. Em 2005, a empresa movimentou 200 mil TEUs na cabotagem. E para 2006, a perspectiva é chegar a 250 mil TEUs. Com relação aos navios alocados para atuar no transporte costeiro, a Aliança Navegação conta, atualmente, com sete embarcações de bandeira brasileira, além de mais um navio que entrará em operação em breve (Aliança Leblon), conforme o executivo, e os dois novos (Aliança Brasil e Aliança Europa), com previsão de operarem já no segundo semestre. - Com isso, até o final de 2006, teremos dez navios operando na cabotagem, disponibilizando uma capacidade total ao mercado de 17 mil TEUs -, disse. Além disso, a Aliança Navegação submeteu ao Fundo de Marinha Mercante (FMM) um pedido para financiamento da construção de quatro navios de 2,6 mil TEUs de capacidade cada. O projeto já recebeu prioridade do FMM e encontra-se em análise e enquadramento no BNDES. - Os investimentos em novas embarcações giram em torno de US$ 240 milhões. A perspectiva é que ao longo deste ano, a empresa obtenha os recursos junto ao BNDES -, salientou Balau. Questionado sobre o interesse de randes armadores internacionais terem o interesse de investir na cabotagem, o executivo ressaltou que o mercado exige confiabilidade, regularidade e o comprometimento do prestador de serviço com o porta-a-porta. Os investimentos em cabotagem beneficiarão, com um destaque maior, a economia de Manaus, especialmente, o setor industrial. Para atender um dos maiores mercados do Brasil, a Aliança Navegação e Logística oferece, na rota Santos-Manaus, o serviço de carga consolidada, que consiste na coleta de cargas de diferentes clientes e na distribuição em diversos destinos. A solução logística é ideal para empresas que geralmente não conseguem lotar um contêiner, mas que desejam utilizar o modal marítimo. A redução de custos pode chegar a 15% em relação ao transporte rodoviário, segundo afirmou Jaime Batista, novo gerente comercial da empresa em Manaus. De acordo com a empresa, o pacote logístico inclui a coleta - a partir de 500 quilos -, o recebimento das mercadorias nos centros de consolidação, a estufagem do contêiner, transporte rodoviário até o porto, bem como o transporte marítimo de cabotagem, transporte rodoviário até os centros de distribuição no destino, desova do contêiner e entrega nos diversos recebedores. No Rio Grande do Sul, a Aliança Navegação e Logística também oferece o serviço de carga fracionada para Manaus, com saídas semanais.
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