Redação TN Petróleo/Assessoria
O presidente da UDOP, Amaury Pekelman (foto) participou na manhã desta terça-feira (10) no Japão, noite de segunda-feira no Brasil, do Seminário sobre Bioenergia promovido pela Embaixada do Brasil em Tóquio. O evento, que inicialmente seria realizado presencialmente no primeiro semestre deste ano, teve de ser adiado, em virtude da pandemia do Covid-19, e foi realizado, virtualmente, com ampla discussão a cerca dos benefícios da bioenergia no Brasil e das parcerias entre os dois países.
Mais de 50 empresários, jornalistas e membros das embaixadas do Brasil e do Japão participaram do evento, que teve tradução simultânea do Português para o Japonês. Amaury Pekelman destacou os avanços e a experiência brasileira no tema bioenergia, com destaque para o RenovaBio -- Política Nacional dos Biocombustíveis e o Código Florestal Brasileiro, segundo ele, o mais rigoroso do mundo nas questões ambientais.
Pekelman, que também é vice-presidente do Grupo Atvos nas áreas de Relações Institucionais, Sustentabilidade e Comunicação, iniciou sua apresentação falando das oportunidades e tendências para o setor no pós-Covid.
O presidente da UDOP fez um link com a questão da saúde e os benefícios que o uso de biocombustíveis pode trazer para o mundo de forma geral, com a redução da poluição ambiental, citando o exemplo de São Paulo, megalópole com mais de 20 milhões de habitantes e que tem uma das melhores qualidades do ar, comparada a outras megalópoles do mundo, devido ao uso, em larga escala, dos biocombustíveis, com destaque o etanol.
Ainda sobre as tendências, Pekelman destacou sua visão de que o mundo está pensando cada vez mais nas mudanças climáticas. "O Brasil, a gente já está fazendo um trabalho de descarbonização, que é o RenovaBio, que é um programa de descarbonização da matriz energética, tanto para o etanol como para o biodiesel, bioeletricidade e biogás".
"O que avaliamos também é que o jeito de fazer negócios vai mudar muito e a gente tem que seguir esta tendência (...) o Acordo de Paris, e sinalizando agora com esta mudança dos americanos e com a volta dos Estados Unidos para o Acordo de Paris, vai ser muito importante para o mundo. Tenho certeza que isso vai mudar um pouquinho a pegada do mundo todo sobre a descarbonização, principalmente dos combustíveis fósseis, falando aqui mais especificamente dos combustíveis", argumentou.
Amaury apresentou o exemplo brasileiro no processo da transição do combustível fóssil para o renovável. "Hoje o que temos no Brasil é uma frota 70% de carros rodando com etanol ou gasolina, ou um mix de um dos dois, uma frota flex. Temos também 40% do ciclo Otto usando etanol, além do fato do Brasil misturar 27% de etanol anidro em toda sua gasolina".
Em um slide falando do Brasil Verde, o presidente da UDOP destacou alguns diferenciais brasileiros, como a produção de diferentes culturas numa mesma área, o que permite uma sinergia entre as áreas de alimentos e energia. Destacou também a alta produtividade e baixos custos e os diferenciais como o Código Florestal, que contempla reservas legais e áreas de proteção permanente com o objetivo de preservar a floresta brasileira.
Encerrando sua participação, o vice-presidente da Atvos destacou sete pontos que na visão da UDOP são essenciais e importantes para quem quer investir na área da bioenergia no Brasil:
* Protagonismo na Agricultura Tropical, com desenvolvimento fundamental baseado na ciência e tecnologia.
* Grande potencial para expansão vertical (melhores rendimentos) e horizontal.
* Sinergias entre lavouras ao longo do ano: integração entre lavouras (cana e milho); entre a agricultura e a pecuária; entre agricultura, pecuária e floresta .... Sustentabilidade: Leis nacionais como Código Florestal e RenovaBio.
* Matriz de Energia Limpa:> 45% da matriz brasileira é renovável!
* Rendimentos elevados / oferta competitiva, sem subsídios ao produtor.
* Confiança para capital estrangeiro com a lei RenovaBio.
Assista a apresentação do presidente da UDOP no Seminário sobre Bioenergia da Embaixada do Brasil em Tóquio clicando aqui.
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