<P> Uma iniciativa que beneficiará cerca de 80 famílias, gerando emprego, renda, desenvolvimento econômico e proteção ambiental. Trata-se do Projeto de Desenvolvimento do Setor de Construção Naval, que o Sebrae Amazonas iniciou, no último dia 28/03, no município de São Sebastião ...
Clarimundo Flôres Uma iniciativa que beneficiará cerca de 80 famílias, gerando emprego, renda, desenvolvimento econômico e proteção ambiental. Trata-se do Projeto de Desenvolvimento do Setor de Construção Naval, que o Sebrae Amazonas iniciou, no último dia 28/03, no município de São Sebastião de Utamã, cidada a 247 quilômetro de Manaus.
O projeto visa incrementar uma atividade já tradicional na localidade - a construção de embarcações de pequenos porte (entre 15 metros e 18 metros) feitas inteiramente de madeira legalizada, dentro do programa de manejo florestal. Os barcos atenderão à demanda crescente de transporte pesqueiro, turístico e de animais.
-Em nossa região, as avenidas são os rios e tudo gira em torno destes pequenos barcos, que fazem a interligação cultural e econômica das localidades. Ainda estamos estudando a possibilidade de construção de embarcações que serviriam aos moradores, mas existem questões legais que necessitam ser observadas - informa Ivanildo Malcher Pantoja, gestor do projeto.
O projeto tem como parceiros própria Prefeitura de São Sebastião do Utamã, a Agência de Fomento do Estado (Afeam), Agência de Florestas do Amazonas (Afloram), Senai, Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas (Cefet), Capitania dos Portos e Cooperativa dos Marceneiros, dos Construtores Navais e Extratores de Madeira de São Sebastião do Utumã (Compconsu).
-Começamos a fazer a apresentação do projeto em janeiro e os parceiros foram aderindo. Todos estão envolvidos no sentido básico desta ação, que é fomentar a economia local, com responsabilidade ambiental, gerando emprego e renda - salientou Pantoja.
A prefeitura local reuniu as 12 carpintarias existentes num só local, criando o Pólo de Carpintaria Naval. No momento, a estrutura está sendo urbanizada. A idéia é que cada parceiro envolvido contribua com toda a infra-estrutura tecnológica.
Os recursos, que totalizam até o momento pouco mais de R$ 2 mihões em investimentos, inicialmente, visa desenvolver e fortalecer o segmento de Madeira/Móvel, possibilitando aumentar a produção de embarcações fluviais regionais, utilizando novas tecnologias e madeira legalizada, nos próximos três anos.
- É aí que entra o BNDES, que poderá liberar uma linha de financiamento para viabilizar o pólo. Ainda não temos o valor definitivo de todo o investimento, mas cada parceiro está entrando com uma contrapartida importante para colocar a idéia em prática - disse
De acordo com Pantoja, a perspectiva é elevar em 15% o número de postos de trabalho na indústria naval, aumentar o faturamento dos empreendimentos em 20%, elevar a produção em 15 % e alcançar um volume de consumo de madeira legalizada em torno de 40% pelas empresas.
- A adesão tem sido muito boa. Há muito interesse neste investimento. Engenheiros navais e estudantes têm nos ligado para saber mais sobre o projetos, alguns querendo participar. O objetivo é transformar o pólo de São Sebastião numa referência deste setor em toda a região.
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