GLP

ANP determina critérios para venda de gás de botijão mais barato

Para adquirir gás mais barato para botijões de 13kg de GLP destinado a uso doméstico, as empresas terão que comprovar o número de envases que possuem. O volume que têm direito a comprar será de 6,5 kg de gás por mês por botijão.


06/03/2006 03:00
Visualizações: 837 (0) (0) (0) (0)

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou, nesta segunda-feira (06/03), uma Audiência Pública para a regulamentação da Resolução do Conselho Nacional de Política Energética que determina a comercialização do gás liqüefeito de petróleo (GLP) em botijões de 13 Kg para uso doméstico a preços mais baixos do que o gás para outros usos e em outros envases.

A resolução de que o GLP vendido em 13kg para uso doméstico seja 12,4% mais barato do que o mesmo gás vendido a granel e em outros envases já é praticada pelo mercado desde 2002. Com a regulamentação, a Agência determina também critérios para a aquisição do GLP e a fiscalização de que o gás adquirido a preços mais baixos seja realmente utilizado para o fim estabelecido na lei. 

O critério fixado pela ANP é baseado na média de rotatividade do botijão de gás e no universo de botijões de cada empresa. Segundo explica o superintendente de abastecimento da ANP, Roberto Furian Ardenghy, a Agência calcula que cada botijão demore cerca de dois meses desde que sai da empresa distribuidora, é utilizado pelo consumidor e retorna à distribuidora. A partir desta estimativa, a agência determina que cada empresa poderá adquirir a preços reduzidos o volume equivalente a 6,5 kg de GLP por botijão por mês. "O volume é a metade do total de botijões porque os cálculos definem que a outra metade dos seus botijões estaria circulando entre os consumidores", resume Ardenghy.

A resolução também determina a necessidade de um medidor mássico (aparelho que mede o volume de gás contido no envase) no local onde há entrega a granel para garantir que o volume vendido seja realmente entregue.

O Sindicato das Companhias distribuidoras de Gás (Sindigás) e as empresas associadas endossam a resolução da ANP e consideram que tanto o preço mais baixo, quanto o medidor volumétrico sejam medidas de política energética e de controle adequadas, ainda que o representante da Consigás, empresa distribuidora de São Paulo, critique a medida de preços diferenciados e defenda preços preços gerais mais baixos para o GLP.

O diretor-presidente da SHV Gás, Lauro Marcos Muniz Barretto Cotta, endossa a decisão da Agência em exercer maior poder regulador e explica que as empresas distribuição de GLP são obrigadas a informar à ANP suas vendas de GLP em botijões de 13kg e em outros envases e podem comprar o produto segundo seu perfil de vendas. Na opinião de Cotta, o preço diferenciado não é considerado um subsídio, embora o valor seja reduzido em relação aos preços internacionais. "É preciso considerar também que a Petrobras é praticamente auto-suficiente em GLP também. Atualmente ela importa apenas cerca de 3% do que é consumido no Brasil", afirma.

Segundo Ardenghy, da ANP, o defeito da determinação legal é que estimula o uso de GLP em mercados onde talvez outros métodos de armazenamento e distribuição sejam mais indicados, como em grandes condomínios, por exemplo. A redução do preço também estimula as fraudes, como a aquisição do Gás para botijão de 13Kg e sua efetiva aplicação em granéis. No entanto, o superintendente da Agência, considera a fraude difícil de ser realizada porque é preciso confirmar o universo de botijões e não é viável comprar os botijões para atender cometer a fraude, uma vez que cada exemplar do envase é vendido a cerca de R$ 90.

A prática de recarga de botijões de outras marcas, no entanto, foi diversas vezes abordada e criticada durante a Audiência.

A partir da realização da Audiência Pública, as sugestões apresentadas por distribuidoras e pela Petrobras, como produtora, serão analisadas pela procuradoria da ANP. A resolução final sobre a determinação da CNPE será publicada em cerca de 30 dias.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Resultado
PPSA encerra 2024 com lucro de R$ 28,8 milhões
28/04/25
Seminário
Estaleiro Mauá realiza Seminário Soluções e Inovações de...
28/04/25
Etanol
Hidratado e anidro fecham a semana em baixa
28/04/25
Etanol
MG deverá colher 77,2 milhões de toneladas de cana na sa...
28/04/25
Bunker
Petrobras e Vale celebram parceria para teste com bunker...
25/04/25
Pessoas
Thierry Roland Soret é o novo CEO da Arai Energy
25/04/25
Combustível
ANP concede autorização excepcional para fornecimento de...
25/04/25
Sísmica
ANP aprova aprimoramento de normas sobre dados digitais ...
25/04/25
RenovaBio
Regulação do RenovaBio trava o mercado e ameaça metas de...
25/04/25
Bacia de Santos
Oil States do Brasil fecha novo contrato com a Petrobras...
24/04/25
Oportunidade
Últimos dias para se inscrever no programa de estágio da...
24/04/25
ESG
Necta Gás Natural reforça compromisso com princípios ESG...
24/04/25
Investimentos
Bahia vai receber fábrica de metanol e amônia verdes e o...
24/04/25
Pré-Sal
Parceria entre CNPEM e Petrobras mira uso do Sirius para...
24/04/25
Meio Ambiente
Porto do Açu e Repsol Sinopec Brasil assinam acordo para...
23/04/25
Combustíveis
Gasolina em Alta: Como o Preço do Petróleo e do Dólar In...
23/04/25
Diesel
Após reajuste da Petrobras, preço do diesel volta a cair...
23/04/25
Energia Elétrica
Neoenergia vende 50% de Itabapoana Transmissão
23/04/25
Combustíveis
Abastecimento de combustíveis: ANP debate atuação de órg...
22/04/25
Startups
Concluída a avaliação das startups que se inscreveram na...
22/04/25
Etanol
Hidratado recua após duas semanas em alta; Anidro fecha ...
22/04/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22