Biocombustíveis

Aprovação do RenovaBio vai ser "virada de mesa" para o setor

Redação/Assessoria Dedini
24/11/2017 21:00
Aprovação do RenovaBio vai ser "virada de mesa" para o setor Imagem: Divulgação Visualizações: 925 (0) (0) (0) (0)

A decisão da Câmara dos Deputados, nesta semana, de aprovar o regime de urgência para votar, até o dia 6 de dezembro, o Projeto de Lei 9086/17, do deputado Evandro Gussi (PV-SP), que cria a Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio, sinaliza a retomada tão esperada pelo setor, com impactos importantes para a economia nacional. A análise é do engenheiro de produção e consultor da Dedini Indústrias de Base, José Luiz Olivério.

Protocolado no último dia 14 de novembro, o projeto define as normas de incentivo à produção de combustíveis renováveis no Brasil. Entre seus objetivos estão o cumprimento das metas do Acordo do Clima de Paris e o aumento da participação desse tipo de combustível na matriz energética nacional.

"O RenovaBio é indutor do papel dos biocombustíveis na política energética brasileira. Acredito que o projeto vai passar porque foi objeto de ampla discussão envolvendo todos os setores: governo, sociedade, entidades civis. Sua aprovação garantirá a tão necessária previsibilidade para a retomada dos investimentos, com o crescimento da produção dos biocombustíveis, sem a dependência de subsídios do governo e de renúncia fiscal", explica.

Para Olivério, o RenovaBio surge como uma espécie de luz no fim do túnel, chega com a urgência necessária a um país que precisa de alternativas de recuperação econômica, e que deixou em segundo plano o seu grande trunfo.

E ele sabe muito bem o que diz. Foi vice-presidente de tecnologia e desenvolvimento do Grupo Dedini e acompanhou o Proálcool desde o seu nascimento, até cada uma das fases vividas pelo programa, boas e muito ruins. Ao ponto de ter sido um dos colaboradores do livro Proálcool 40 anos, lançado em novembro do ano passado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

"A previsibilidade oferecida pela definição da política vai garantir a reação do setor, que desde 2011 mantém praticamente a mesma capacidade de produção, mas sem investimentos. Com o RenovaBio, as regras estarão definidas e nós, da indústria de equipamentos, vamos poder fazer planos e, junto com os nossos clientes, definir as necessidades da indústria sucroenergética para poder atendê-la."

Depois da aprovação do Projeto de Lei 9086/17 pela Câmara e pelo Senado, vai ser necessária sua regulamentação, ou seja, o detalhamento de toda a Política Nacional de Biocombustíveis, que deve ser feito ao longo de 2018, com previsão de implantação em 2019 e plena aplicação até 2020, o que, segundo Olivério, garantirá fôlego para a retomada da produção e do crescimento.

A Dedini está otimista pela aprovação do RenovaBio. A empresa, segundo seu consultor, vem acompanhando de perto as discussões e está ciente das mudanças rápidas no cenário já em 2018, o que motivará os clientes a fazer planos para a expansão das usinas, já contratando projetos de aumento da capacidade de produção.

"Acreditamos que em meados de 2019 já estaremos em negociações para a construção de usinas completas, as `Greenfield´ ou chave na mão", projeta.

Para o engenheiro, o mais importante vai ser o movimento de reação da economia, com geração de emprego e renda, e a retomada da pujança das indústrias de equipamentos, com destaque para os tradicionais polos de Piracicaba - onde está a sede da Dedini - Sertãozinho e Ribeirão Preto, e para as novas fronteiras.

COP - A aprovação da Política Nacional de Biocombustíveis também pode aliviar a imagem que o Brasil deixou na 23ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP23), encerrada no último dia 17 de novembro em Bonn, na Alemanha. O país ganhou um raro e merecido Fóssil do Dia pelos subsídios trilionários propostos ao pré-sal.

"Ao mesmo tempo que deixou a desejar na conferência, o Brasil se ofereceu para sediar a COP25, em 2019, o que vai coincidir com a plena vigência do RenovaBio e pode ser uma chance para o país reinserir o clima em sua agenda de desenvolvimento", diz Olivério.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Bacia de Santos
Seagems amplia portfólio de serviços com instalação inéd...
09/04/25
Vitória PetroShow 2025
Exploração de novos blocos poderá triplicar reservas e d...
08/04/25
Evento
Espírito Santo projeta futuro da indústria de petróleo e...
08/04/25
Rio de Janeiro
Firjan e INFIS promovem 3º Seminário de Questões Tributá...
08/04/25
Chamada Pública
Comgás abre chamada pública para aquisição de biometano
08/04/25
Relatório
ANP publica Relatório Anual 2024 com avanços em inovação...
08/04/25
MME
Mistura de 30% de etanol anidro à gasolina foi cientific...
08/04/25
Vitória PetroShow 2025
Lideranças do setor de empreendedorismo e energia convid...
06/04/25
Vitória PetroShow 2025
Márcio Felix destaca a importância estratégica do Vitóri...
05/04/25
Vitória PetroShow 2025
Vitória Petroshow destaca o Espírito Santo como referênc...
05/04/25
PD&I
Embrapii firma primeira parceria com Engie Brasil Energi...
05/04/25
OTC 2025
OTC divulga os vencedores do prêmio Spotlight on New Tec...
04/04/25
Acordo
Petrobras e Braskem assinam acordo para estudos de captu...
04/04/25
Energia Elétrica
KPMG: Brasil é responsável por mais de 40% da demanda de...
04/04/25
Premiação
2º Prêmio Foresea de Fornecedores premia melhores empres...
04/04/25
Transição Energética
Setor de petróleo e gás reforça seu compromisso com a tr...
04/04/25
Evento
Cana Summit 2025 busca avanços e políticas eficazes em n...
04/04/25
Onshore
Produção em campos terrestres de petróleo e gás deve cre...
03/04/25
Economia
Os produtos mais voláteis do mercado e os principais fat...
03/04/25
Evento
Cana Summit: tarifaço dos EUA, PL da Reciprocidade e seg...
03/04/25
Vitória PetroShow 2025
Vitória PetroShow 2025 dá início ao maior evento capixab...
03/04/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22