<P>O Arco Metropolitano do Rio de Janeiro vai reduzir os custos de transporte de mercadorias entre o Porto de Itaguaí e sete estados, com percentuais que variam de 2,5% a 20%. O impacto da obra na economia brasileira será de R$ 1,8 bilhão, com 64,1% desse total concentrados no setor de construç?...
Jornal do CommercioO Arco Metropolitano do Rio de Janeiro vai reduzir os custos de transporte de mercadorias entre o Porto de Itaguaí e sete estados, com percentuais que variam de 2,5% a 20%. O impacto da obra na economia brasileira será de R$ 1,8 bilhão, com 64,1% desse total concentrados no setor de construção civil. A longo prazo, o impacto esperado no PIB da área de influência direta é de R$ 2 bilhões. Serão 4.949 empregos gerados na fase de obras e 16 mil no longo prazo.
Essas conclusões estão no estudo Avaliação dos Impactos Logísticos e Sócio-econômicos da Implantação do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, encomendado pelo Sistema Firjan e pelo Sebrae-RJ ao Centro de Estudos em Logística da Coppead/UFRJ e à Tendências Consultoria.
O Arco será composto por trechos de rodovias, alguns por construir, que contornam o município do Rio de Janeiro e atravessam a Baixada Fluminense, evitando o pesado tráfego de eixos viários como a Avenida Brasil e a Ponte Rio-Niterói. A previsão de conclusão das obras, defendidas pela Firjan desde a década de 1990, é para 2010. O total investido na construção será de R$ 1,12 bilhão, 73,7% aplicados nos trechos em que não há estradas, e o restante em duplicações.
O estudo fez uma análise dos fluxos de importação e exportação de cargas dos portos do Sudeste, cruzando dados de bases oficiais e pesquisa de campo com as empresas, e concluiu que a região de influência se estende por sete estados. Os quatro do Sudeste teriam uma redução maior no custo do transporte utilizando o Porto de Itaguaí, com destaque para a Região do Vale do Paraíba, tanto no lado do Rio de Janeiro quanto no de São Paulo, onde essa economia poderá chegar a 20%. Outros três estados, apesar de mais distantes (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás), ainda teriam uma redução de até 2,5% no frete.
Considerando os produtos movimentados pelo Porto de Itaguaí e as projeções futuras de crescimento, a economia proporcionada pelo Arco Metropolitano poderá ser de 2,1% a 6,4%, em 2011, e de 0,9% a 2,7%, em 2015.
O estudo aponta que o porto é competitivo na movimentação de soja e granéis líquidos, cargas que hoje são embarcadas e desembaraçadas em outros locais. O volume adicional captado de outros portos chegaria, segundo o documento, a 500 mil toneladas a partir de 2011.
Os empregos diretos e indiretos nessa fase estão estimados em 4.949, 66% na construção civil e 14,5% no comércio. Mas haverá novas vagas também em mineração, metalurgia, mobiliário, agropecuária, transportes e em outros setores.
Com a rodovia em operação, a estimativa de valor adicionado ao Produto Interno Bruto da área de influência do Porto de Itaguaí - em especial Rio de Janeiro e Minas Gerais - é de R$ 2 bilhões. O aumento na arrecadação de impostos poderá ser de R$ 275 milhões, e no valor exportado, de US$ 38 milhões. O número de novos empregos nessa fase é calculado em 16 mil.
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