Operação Lava-Jato

Autorizada extradição de Raul Schmidt para o Brasil

Ele deve ser o primeiro foragido da operação a ser extraditado.

MPF/PF/Redação
30/06/2016 14:46
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O Tribunal da Relação de Lisboa autorizou, nesta quarta-feira, 29 de junho, a extradição de Raul Schmidt para o Brasil, na condição de que o julgamento só ocorra por atos praticados antes da obtenção da nacionalidade portuguesa. Ele é brasileiro, estava foragido desde julho de 2015 e foi preso em março deste ano, na primeira fase internacional da operação da Lava-Jato. O pedido de extradição foi feito pela Força-Tarefa do Ministério Público Federal em Curitiba e tramitou na Procuradoria-Geral da República.

Raul Schmidt é investigado pelo pagamento de propinas aos ex-diretores da Petrobras Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada, todos envolvidos pela participação no esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Além de atuar como operador financeiro no pagamento de propinas aos agentes públicos da Petrobras, ele também aparece como preposto de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da Petrobras.

O secretário de Cooperação Internacional, Vladimir Aras, explica que ele deve ser o primeiro foragido da Lava Jato a ser extraditado. Segundo ele, a questão da nacionalidade foi um desafio porque, além de ser brasileiro, Schimidt tem cidadania portuguesa. O investigado vivia em Londres, onde mantinha uma galeria de arte, e se mudou para Portugal após o início da operação Lava-Jato, em virtude da dupla nacionalidade. Ele foi preso em seu apartamento, localizado em uma região nobre de Lisboa.

Vladimir Aras destacou ainda a importância da cooperação entre o MPF, o Ministério da Justiça e o Ministério das Relações Exteriores no caso.

Segundo o procurador da República Diogo Castor de Mattos, integrante da Força-Tarefa Lava-Jato em Curitiba, que participou da fase da operação em Lisboa, é mais uma importante vitória nessa difícil investigação internacional. "Isso demonstra que, assim como o crime organizado, os órgãos de investigação também não possuem limitações territoriais para grandes investigações", ressaltou.

Raul Schmidt ainda pode recorrer da decisão do Tribunal de Lisboa ao Supremo Tribunal de Justiça e ao Tribunal Constitucional, ambos em Portugal.

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