Redação/Assessoria
Os biocombustíveis são o maior trunfo do Brasil na corrida pela transição para a economia de baixo carbono, destacaram especialistas nesta quinta-feira (30/05), durante o lançamento da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético, na Câmara dos Deputados.
O encontro foi marcado pelo simpósio "Caminhos sustentáveis: o Renovabio no Rota 2030", para discutir a interação entre as políticas de combustíveis e de produção de veículos.
O diretor técnico da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Henry Joseph Junior (foto), apontou que o investimento em engenharia para biocombustíveis pode abrir uma fronteira de mercado com tecnologia brasileira e tornar a América Latina a terceira maior região produtora de veículos, já que os combustíveis renováveis também fazem parte da história dos países vizinhos ao Brasil.
Embora países europeus estejam investindo na eletrificação para atender à demanda da população para reduzir emissões de poluentes e gases de efeito estufa, no Brasil, existem outras alternativas.
"A Europa não conta com outras possibilidades para descarbonizar os transportes. No Brasil, eletrificação não necessariamente é a melhor alternativa, já que temos os biocombustíveis", afirmou. Ele também lembrou que é necessário considerar como a anergia elétrica é produzida.
Integração entre biocombustíveis
Durante a abertura do evento, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, lembrou sua participação no lançamento da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel na semana passada e celebrou as iniciativas em defesa dos biocombustíveis no Congresso Nacional.
Segundo Albuquerque, a consulta pública das metas nacionais de descarbonização da matriz de combustíveis no âmbito do Renovabio se encerra amanhã e o resultado deve ser levado ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em junho. O ministro também anunciou que o Comitê RenovaBio está em vias de ser restabelecido.
Lançada em 2016, a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) caminha para a fase final de regulamentação e sua implementação definitiva deve ocorrer até o ano que vem. Para o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), presidente da frente sucroenergética, o etanol, biodiesel, bioquerosene e biogás refletem a matriz de combustíveis diferenciada que o Brasil possui em relação ao mundo, o que pode nos colocar "na vanguarda da economia de baixo carbono".
Também foi destacada a importância da Ubrabio para a integração dos setores de biodiesel e etanol na formulação do RenovaBio.
O secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do MME, Márcio Félix, ressaltou a importância dessa integração afirmando que celebrará o Dia Mundial do Meio Ambiente na próxima semana em Natal-RN, durante o Congresso da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Renováveis para Aviação.
Fale Conosco
21