Financiamento

BNDES vai emprestar US$ 1 bi para plataformas da Petrobras

<P>O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prepara-se para voltar a financiar projetos de plataformas da Petrobras em 2009. A diretoria do banco deve analisar este mês a aprovação de dois empréstimos para a Petrobras no total de US$ 1 bilhão. Um deles, de US$ 314 milhõe...

Valor Econômico
03/12/2008 00:00
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prepara-se para voltar a financiar projetos de plataformas da Petrobras em 2009. A diretoria do banco deve analisar este mês a aprovação de dois empréstimos para a Petrobras no total de US$ 1 bilhão. Um deles, de US$ 314 milhões, destina-se à construção do casco da P-55 enquanto o outro, de US$ 720 milhões, irá financiar a parte superior (topside) da P-56.

O BNDES tem a expectativa de financiar outros projetos para a Petrobras no ano que vem, o que poderá elevar os valores dos empréstimos à companhia. No fim de novembro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) eliminou os limites de endividamento da Petrobras no mercado financeiro doméstico. A decisão deu mais flexibilidade para a empresa buscar, no mercado nacional, recursos para seus investimentos.

Em 2008, não houve liberações de recursos, pelo BNDES, para novas plataformas da Petrobras. Os projetos de plataformas já aprovados no banco tiveram os desembolsos feitos até 2007 e os financiamentos entraram em fase de amortização. De 1998 a 2005, o BNDES contratou financiamentos de cerca de US$ 1,5 bilhão para a construção de plataformas da Petrobras, incluindo os projetos EVM, Barracuda-Caratinga, P-51 e P-52.

Para 2009, uma das possibilidades é de que o BNDES venha a financiar também a P-57, plataforma com contrato de construção de mais de US$ 1 bilhão que terá uma parte construída no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ). Existe ainda a oportunidade de o banco financiar o topside da P-55. Na segunda-feira, a Petrobras assinou contrato de cerca de US$ 850 milhões para a integração do casco da P-55 com o consórcio Top-55, formado por Queiroz Galvão, Iesa e UTC Engenharia.

O consórcio construirá a parte superior do convés e fará a integração dos módulos de processo da plataforma P-55. O BNDES ainda não recebeu consultas sobre financiamentos para a P-57 e o topside da P-55. Em todos os casos, o banco financia bens e serviços nacionais das plataformas e exige índices elevados de nacionalização nos projetos.

No caso da P-55 e da P-56, os projetos serão financiados por meio da linha de exportação pós-embarque do BNDES, que financia a comercialização de bens e serviços brasileiros no exterior. A modalidade de financiamento usada nas operações explica-se pelo fato de as duas plataformas terem sido encomendadas por uma subsidiária da Petrobras na Holanda, a PNBV. Segundo a Petrobras, o financiamento à exportação para ativos de empresas no exterior é prática comum no mercado.

Isso porque, apesar de as plataformas operarem no Brasil, elas pertencem a uma empresa no exterior, a PNBV. A operação prevê que, quando concluída a construção da plataforma, ocorre a transferência do ativo para o proprietário por meio da figura da exportação ficta, que é seguida da assinatura de um contrato de afretamento para operar a unidade em águas brasileiras. A Petrobras tem como estratégia concentrar os ativos de exploração e produção (E&P) nessa subsidiária holandesa.

O casco da plataforma P-55 está em construção no estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco. O presidente do estaleiro, Ângelo Bellelis, disse que a empresa está começando a montagem dos blocos do casco. O estaleiro recebeu cerca de 20 mil toneladas de chapas de aço para a obra. A previsão é de que no primeiro trimestre de 2009 os blocos sejam enviados, via marítima, para Rio Grande (RS), onde será feita a montagem final da plataforma, destinada ao campo de Roncador, na Bacia de Campos. O investimento total no casco da P-55 é estimado em US$ 393 milhões, dos quais US$ 314 milhões devem ser financiados pelo BNDES.

No caso da P-56, o investimento total é de US$ 1,49 bilhão, dos quais US$ 720 milhões foram solicitados ao banco. A P-56 é um clone da P-51 e será construída pelo mesmo consórcio, o FSTP (Keppel Fels e Technip), no estaleiro Brasfels (RJ). A plataforma tem requisito de conteúdo nacional.

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