Biocombustíveis

Brasil e Argentina dialogam sobre benefícios do etanol

Assossoria UNICA
03/08/2022 11:22
Brasil e Argentina dialogam sobre benefícios do etanol Imagem: Divulgação Visualizações: 2011

Os principais líderes do mercado de etanol do Brasil e da Argentina se reúnem nesta quarta-feira (3/8), em Buenos Aires, para discutir políticas públicas de longo prazo para os biocombustíveis na região. O seminário Sustainable Mobility: Ethanol Talks Argentina, promovido pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e APLA (Arranjo Produtivo Local do Álcool), debaterá o tema à luz dos desafios para a mobilidade de baixo carbono.

Participam da abertura o ministro de Minas e Energia do Brasil, Adolfo Sachsida; o embaixador do Brasil na Argentina, Reinaldo José de Almeida Salgado; o presidente do Centro Açucareiro Argentino, Jorge Luis Feijóo; o diretor executivo da Câmara de Bioetanol de Milho, Patrick Adam; o presidente da Unica, Evandro Gussi; e o diretor executivo da APLA, Flávio Castellari.

Em seguida, especialistas do governo, do setor privado e da academia dos dois países debaterão o tema em cinco painéis. São eles: políticas públicas; o uso do etanol e a indústria automobilística; etanol, meio ambiente e saúde pública; soluções tecnológicas para a descarbonização; e construindo os próximos passos.

O objetivo do Ethanol Talks é proporcionar oportunidade de diálogo e cooperação entre agentes públicos e representantes da indústria dos países, com o intuito promover os benefícios do etanol na mobilidade sustentável. O projeto é desenvolvido desde 2020 e já te teve edições em Nova Déli (Índia), Bangkok (Tailândia), Islamabad (Paquistão) e, mais recentemente, na cidade da Guatemala.

"Nenhum país é igual ao outro, e as características de cada um deles devem ser consideradas nos debates do Ethanol Talks. Nosso propósito é contribuir com o conhecimento técnico de quase 50 anos de uso do etanol, ajudando para que cada história seja construída com mais acertos do que erros, fomentando um mercado global de etanol", disse o presidente da Unica, Evandro Gussi.

Redução de CO2

Atualmente, mais de 70 países no mundo já possuem mandatos que estabelecem algum nível de mistura de etanol na gasolina. O biocombustível tem uma das menores pegadas de carbono, podendo reduzir em até 90% quando comparado à gasolina. No Brasil, desde que os carros flex foram lançados em 2003, o uso de etanol evitou a emissão de quase 600 milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera. Além do hidratado (E100), é mandatório no país a mistura de 27% de etanol na gasolina.

Já na Argentina, a legislação atual (aprovada em julho de 2021) estabelece uma mistura de 12% de etanol na gasolina, com o volume dividido igualmente entre as matérias-primas produzidas localmente: cana-de-açúcar e milho. A expansão dessa mistura pode ajudar o país a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), em linha com os compromissos do Acordo de Paris. O país andino tem a meta de não exceder uma emissão líquida de 349 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em 2030, aplicável a todos os setores da economia.

De olho no potencial do etanol para reduzir emissões de GEE, a indústria automotiva vem investindo no desenvolvimento de novas tecnologias que associam o biocombustível à eletrificação. Um exemplo são os veículos híbridos flexíveis, que já circulam nas cidades brasileiras desde 2019. Outra rota em pesquisa são os carros elétricos movidos por células a combustível. Todos esses temas compõem o repertório dos debates no Ethanol Talks Argentina.

Projeto ApexBrasil
A ApexBrasil e a Unica tornaram pública em fevereiro de 2008 uma estratégia para promover a imagem dos produtos sucroenergéticos no exterior, em especial do etanol brasileiro como uma energia limpa e renovável. As duas entidades assinaram um convênio que prevê investimentos compartilhados. O projeto pretende influenciar o processo de construção de imagem do etanol e demais derivados da cana-de-açúcar junto aos principais formadores de opinião mundial — governos e meios de comunicação, bem como empresas de trading, potenciais investidores e importadores, ONGs e consumidores.

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