Petroquímica

Braskem adquire novo ativo nos EUA

A aquisição é para melhorar a performance de sua unidade de polipropileno (PP) em Marcus Hook, na Filadélfia.

Valor Econômico
03/07/2012 14:17
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A Braskem adquiriu novos ativos nos Estados Unidos para melhorar a performance de sua unidade de polipropileno (PP) em Marcus Hook, na Filadélfia. A companhia comprou uma unidade purificadora de propeno, conhecida como "splitter", o que dará maior autonomia e flexibilidade à petroquímica, afirmou ao 'Valor' Carlos Fadigas, presidente da Braskem.
Esse ativo foi adquirido da refinaria Sunoco, que está desativada desde dezembro do ano passado e é vizinha à unidade produtora da Braskem. A Sunoco já tinha vendido três fábricas de PP para a Braskem em 2010.
O valor do negócio não foi divulgado. Fernando Musa, presidente da Braskem para as operações na América, afirmou que a companhia deverá fazer uma série de investimentos para adaptar o novo ativo à unidade produtora da companhia.
Com essa aquisição, a Braskem poderá comprar propeno de diversos tipos e purificá-lo em sua própria unidade - o "splitter" aumenta o grau de purificação do propeno de 75% para até 99%. A fábrica da Braskem em Marcus Hook tem capacidade de produção de 350 mil toneladas/ano de polipropileno. Antes só era possível adquirir propeno do tipo grau polímero (mais puro) para essa unidade. Agora, os tipos grau químico e grau refinaria poderão ser processados nessa planta.
Segundo Musa, essa aquisição reforça a posição da companhia nos Estados Unidos. Quando a refinaria da Sunoco em Marcus Hook foi desativada, o mercado ficou inseguro sobre os contratos que deveriam ser honrados pela Braskem em relação ao fornecimento de PP daquela região. "Essa operação vai ajudar a tirar o grau de incerteza desses clientes da Braskem", afirmou.
Com cinco fábricas nos Estados Unidos, três delas adquiridas da Sunoco e outras duas da Dow Chemical, no ano passado, a Braskem é atualmente a maior compradora de propeno dos EUA e a maior produtora de PP americana. As cinco unidades da petroquímica nos EUA têm capacidade para 1,5 milhão de toneladas de PP anuais. Somadas às 500 mil toneladas da fábrica de PP na Alemanha, que pertencia à Dow, a Braskem totaliza capacidade de 2 milhões de toneladas de PP fora do Brasil. A capacidade total da Braskem é de 4 milhões de toneladas/ano.
A demanda por produtos petroquímicos começou a ficar ligeiramente aquecida no mercado americano, segundo Musa. Os preços do propeno nos EUA registraram queda de cerca de 30% nos últimos dois meses, seguindo tendência de queda das cotações de produtos petroquímicos no mercado internacional. "A expectativa é de que os preços do propeno fiquem estáveis em julho nos EUA", afirmou.
Em maio, durante a divulgação de seus resultados, a Braskem informou que vai intensificar os investimentos em matérias-primas mais competitivas. E nesse sentido a companhia já está fazendo estudos para produzir propeno a partir do "shale gas" (gás de xisto) nos Estados Unidos. A empresa avalia se esse investimento poderá ser feito em parceria com outras companhias locais ou se será assumido 100% por ela. A decisão desse investimento não será imediata, mas poderá ser tomada ainda este ano. No mercado americano, o propeno vem do gás natural ou da nafta.

A Braskem adquiriu novos ativos nos Estados Unidos para melhorar a performance de sua unidade de polipropileno (PP) em Marcus Hook, na Filadélfia. A companhia comprou uma unidade purificadora de propeno, conhecida como "splitter", o que dará maior autonomia e flexibilidade à petroquímica, afirmou ao 'Valor' Carlos Fadigas, presidente da Braskem.


Esse ativo foi adquirido da refinaria Sunoco, que está desativada desde dezembro do ano passado e é vizinha à unidade produtora da Braskem. A Sunoco já tinha vendido três fábricas de PP para a Braskem em 2010.


O valor do negócio não foi divulgado. Fernando Musa, presidente da Braskem para as operações na América, afirmou que a companhia deverá fazer uma série de investimentos para adaptar o novo ativo à unidade produtora da companhia.


Com essa aquisição, a Braskem poderá comprar propeno de diversos tipos e purificá-lo em sua própria unidade - o "splitter" aumenta o grau de purificação do propeno de 75% para até 99%. A fábrica da Braskem em Marcus Hook tem capacidade de produção de 350 mil toneladas/ano de polipropileno. Antes só era possível adquirir propeno do tipo grau polímero (mais puro) para essa unidade. Agora, os tipos grau químico e grau refinaria poderão ser processados nessa planta.


Segundo Musa, essa aquisição reforça a posição da companhia nos Estados Unidos. Quando a refinaria da Sunoco em Marcus Hook foi desativada, o mercado ficou inseguro sobre os contratos que deveriam ser honrados pela Braskem em relação ao fornecimento de PP daquela região. "Essa operação vai ajudar a tirar o grau de incerteza desses clientes da Braskem", afirmou.


Com cinco fábricas nos Estados Unidos, três delas adquiridas da Sunoco e outras duas da Dow Chemical, no ano passado, a Braskem é atualmente a maior compradora de propeno dos EUA e a maior produtora de PP americana. As cinco unidades da petroquímica nos EUA têm capacidade para 1,5 milhão de toneladas de PP anuais. Somadas às 500 mil toneladas da fábrica de PP na Alemanha, que pertencia à Dow, a Braskem totaliza capacidade de 2 milhões de toneladas de PP fora do Brasil. A capacidade total da Braskem é de 4 milhões de toneladas/ano.


A demanda por produtos petroquímicos começou a ficar ligeiramente aquecida no mercado americano, segundo Musa. Os preços do propeno nos EUA registraram queda de cerca de 30% nos últimos dois meses, seguindo tendência de queda das cotações de produtos petroquímicos no mercado internacional. "A expectativa é de que os preços do propeno fiquem estáveis em julho nos EUA", afirmou.


Em maio, durante a divulgação de seus resultados, a Braskem informou que vai intensificar os investimentos em matérias-primas mais competitivas. E nesse sentido a companhia já está fazendo estudos para produzir propeno a partir do "shale gas" (gás de xisto) nos Estados Unidos. A empresa avalia se esse investimento poderá ser feito em parceria com outras companhias locais ou se será assumido 100% por ela. A decisão desse investimento não será imediata, mas poderá ser tomada ainda este ano. No mercado americano, o propeno vem do gás natural ou da nafta.

 

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