Fusão fortalece atuação da empresa no setor.
Redação TN PetróleoPatrocínio de cobertura
TN Conecta, produção especial da TN Petróleo durante o Bahia Oil & Gas, conversou com Jorge Boeri, diretor de operações onshore da Brava Energia. A empresa é resultado da fusão entre a 3R Petroleum e a Enauta, tornando-se uma das principais companhias independentes do setor de óleo e gás no Brasil.
“Começamos a operar em 1º de agosto do ano passado. Tivemos um início desafiador, com a entrada em operação do sistema definitivo do campo de Atlanta e a retomada da produção em Papa-Terra, após uma parada programada para melhoria da integridade do FPSO”, destacou Boeri.
Empresa verticalizada aposta na eficiência operacional
Segundo o executivo, a Brava Energia é a única companhia independente do Brasil verdadeiramente verticalizada. “Estamos presentes em todas as etapas, desde o upstream até o downstream, o que nos permite capturar mais valor em cada fase da produção”, explicou.
Esse modelo integrado faz com que a Brava atue de ponta a ponta na cadeia de óleo e gás, indo desde o Recôncavo baiano até a Azena, região de águas profundas do offshore. “É esse caráter único que nos possibilita operar com mais autonomia e obter maior rentabilidade em todas as fases da produção do hidrocarboneto”, completou.
Entre os avanços mais expressivos da empresa está a adoção da tecnologia Casing Drilling, utilizada pela primeira vez em suas operações no Brasil. “Finalizamos recentemente a perfuração de dois poços com essa técnica, que nos permitiu reduzir em 50% o tempo total de perfuração e em mais de 20% os custos operacionais relacionados a essa etapa. É um ganho substancial de eficiência que eleva a competitividade da empresa e viabiliza projetos que antes não teriam retorno econômico”, detalhou.
Oportunidades no onshore brasileiro
Boeri ressaltou que o mercado onshore brasileiro apresenta grande potencial, principalmente devido ao baixo fator de recuperação dos campos. “Há muito óleo remanescente nos reservatórios. Isso representa uma janela importante para companhias independentes como a Brava”, disse.
Para aproveitar esse cenário, a empresa está implementando estratégias inovadoras. Um exemplo é o uso de tecnologias inéditas no país, como a injeção de nitrogênio, iniciada no campo de Fazenda Belém, e a injeção de polímeros, ambas técnicas de recuperação terciária (IOR). “São soluções com bons resultados em outros países e que estamos adaptando ao contexto brasileiro”, completou.
Tecnologia a serviço da produção e da segurança
A Brava também projeta avanços na gestão dos campos com o uso de salas de controle e monitoramento por drones, além da continuidade de um projeto de geração de vapor para extração de óleo pesado. “Estamos prontos para adotar tecnologias que melhorem tanto nossa eficiência quanto a segurança das operações”, pontuou o diretor.
De acordo com Boeri, os resultados já colocam a Brava como referência em eficiência. “Somos hoje a empresa com maior EBITDA por barril produzido na América Latina. Isso é reflexo do nosso modelo integrado e do foco em performance real — não apenas no custo de extração, mas no valor gerado em toda a cadeia de produção.”
“Você pode ter um lifting cost baixo, por exemplo, se estiver produzindo mais gás. Mas a monetização do gás nem sempre é a ideal. Por isso, o que importa é o resultado completo — custo, valor e rentabilidade”, concluiu.
Assista a entrevista completa, direto no nosso canal do Youtube.
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