A publicação de duas portarias da Capitania dos Portos que restringem as manobras dos navios na entrada do Porto de Paranaguá levantou entre operadores o receio de que a profundidade máxima para trânsito de embarcações (calado) seja rebaixada em pouco tempo. <BR> O calado do Cana...
Redação
09/06/2006 00:00
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A publicação de duas portarias da Capitania dos Portos que restringem as manobras dos navios na entrada do Porto de Paranaguá levantou entre operadores o receio de que a profundidade máxima para trânsito de embarcações (calado) seja rebaixada em pouco tempo. O calado do Canal da Galheta comporta a passagem de navios em uma profundidade de até 12,5 metros. Reduzir essa medida significa diminuir o tamanho dos cargueiros aceitos em Paranaguá ou limitar o peso por eles transportado. O prejuízo com a redução do calado seria maior do que com a proibição do tráfego de navios pela Galheta durante a noite. Essa restrição está na portaria 20/2006 e pode ser retirada nos próximos dias, após a colocação de uma bóia indicando a posição de um banco de areia que avançou sobre o canal. Até lá, os operadores terão de bancar a estadia dos navios que terminam de ser carregados durante a noite e têm de esperar até o dia nascer para sair de Paranaguá. Um atraso de 12 horas custa entre US$ 15 mil e US$ 20 mil em taxas. No caso de uma redução de profundidade (cogitada pelo capitão dos portos Francisco dos Santos Moreira em uma entrevista recente), a escala dos embarques cairia, o que provocaria um aumento geral de custos. A decisão da Capitania dos Portos mostra que a situação é muito delicada. A portaria 19/2006, que estabelece normas de segurança mais rígidas para a manobra de grandes embarcações, deve valer até a dragagem do canal. A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) divulgou nota afirmando que busca uma solução definitiva, e não emergencial, para o problema. A superintendência da Appa elogiou a atitude da Capitania dos Portos e diz que ela “mantém a prevenção e está absolutamente correta”. A Appa explica que abriu licitação no início do ano para a realização da dragagem, mas ela não teve sucesso. O preço máximo de R$ 35 milhões para um contrato de dois anos não atraiu propostas. A única empresa que se candidatou pediu R$ 60 milhões. Uma das falhas apontadas pelo mercado é que a concorrência tinha problemas no licenciamento ambiental – tanto que a Appa há duas semanas publicou um texto explicando que ainda buscava a autorização junto ao Ibama. Agora, o processo passou para o Instituto Ambiental do Paraná (IAP). No texto em que comenta a questão ambiental, a Appa menciona a possibilidade de fazer uma contratação emergencial para o serviço.
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