Porto de Santos

Capitania define novas regras

<P>Além dos problemas de assoreamento, o trecho do canal de navegação e os berços de atracação dos armazéns 38 e 39 do Porto de Santos sofrem restrições para a operação de cargueiros.<BR>&nbsp; <BR>Essas limitações foram oficializadas através de uma portaria baixada pela Capitania dos ...

A Tribuna - SP
03/04/2007 00:00
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Além dos problemas de assoreamento, o trecho do canal de navegação e os berços de atracação dos armazéns 38 e 39 do Porto de Santos sofrem restrições para a operação de cargueiros.
 
Essas limitações foram oficializadas através de uma portaria baixada pela Capitania dos Portos de São Paulo (CSPS) no dia 7 de fevereiro último. De acordo com a Praticagem, categoria responsável por manobrar as embarcações no porto e que reportou as dificuldades à Capitania, as medidas em nada têm a ver com ‘‘eventuais assoreamentos’’ do cais.
 
Segundo o presidente da Praticagem, Fabio Mello Fontes, os práticos começaram a sentir dificuldades especialmente durante as enchentes e vazantes da maré, pois com os navios cada vez maiores, fica mais difícil manobrá-los.
 
De acordo com o capitão dos portos, capitão-de-mar-e-guerra, Marcos Nunes de Miranda, ‘‘as restrições visam a dar mais segurança para as manobras no porto. São procedimentos operacionais e provisórios’’, explicou Miranda. ‘‘Não tem nada a ver com assoreamento, são fatores operacionais, de corrente de maré do porto’’.
 
No casos dos berços do 38 e 39 está expresso que a atracação ou desatracação dos navios com calado superior a 40 pés (aproximadamente 13,2 metros) somente serão autorizadas ‘‘no período entre duas horas e uma hora antes da preamar (a maior altitude que o mar alcança), caso aproados para a cidade de São Paulo, e no período entre duas horas antes até o horário da preamar, caso aproados para a barra do Porto de Santos’’.
 
A portaria da Capitania também prevê as mesmas restrições para os berços dos terminais da Cargill e da Cutrale, instalações que também operam granéis vegetais (soja e farelos cítricos).
 
Também foram normatizadas as operações nos cais dos armazéns 19, 26, 27. Nos berços desses dois últimos, ‘‘caso sejam empregados flutuantes (espécies de espaçadores localizados entre o costado e o navio atracado), não será realizada atracação de navios com maré pela popa’’.
 
A restrição referente ao cais do 19 é de que ‘‘em épocas de ocorrência de vazante de sizígia (maré de sizígia é a mais alta do ano)’’, a desatracação só irá ocorrer no período de enchente.

CONDUÇÃO

De acordo com o presidente da Praticagem de Santos, Fabio Mello Fontes, a força das vazantes e enchentes dificulta o trabalho para os práticos. ‘‘Os navios não são como há 20, 30 anos. Hoje medem até 270 metros. É uma realidade bem diferente’’, disse.
 
A dificuldade está na distância que sobra entre o fundo do casco do navio e do mar, ‘‘que é muito pequena, de meio metro às vezes’’, explicou Fontes. Nessas condições, a água não passa com facilidade. O efeito da correnteza se faz sentir muito nas laterais do navio e essa força exercida no casco dificulta a condução da embarcação.

Saiba mais

A dragagem consiste na retirada de lama e areia do fundo de um rio, um mar, uma bacia ou um estuário. Por ter diversos rios desaguando em seu canal de navegação, o porto recebe constantemente sedimentos, que vão se depositando no fundo de seu leito e de seus berços de atracação (o fenômeno conhecido como assoreamento) e acabam por reduzir a profundidade dessas regiões. É este material que é escavado ou sugado na dragagem, operação que garante as condições de navegabilidade do complexo.

Quanto maior a fundura de um porto, maiores são os navios que ele pode receber e, consequentemente, mais rentáveis são suas operações. Somente cargueiros de dimensões menores podem navegar por um canal assoreado. Nessas condições, para se movimentar um grande volume de cargas, o exportador (ou o importador) é obrigado a fretar duas embarcações pequenas. Se for utilizar um cargueiro de grandes dimensões, terá  de usar somente parte da capacidade de transporte  do navio, correndo o risco de encalhá-lo em algum banco de areia. Vantagem estratégica têm os portos com canais de navegação naturalmente profundos e que não sofrem assoreamento.

Fonte: A Tribuna - SP

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