<P>Pesquisa da USP divulgada ontem concluiu que o setor marítimo brasileiro enfrentará até 2010 um desequilíbrio da ordem de 25% entre a oferta e a demanda de oficiais da marinha mercante. Até 2013, o percentual aumentará para cerca de 30%. “Estamos em uma fase pré-colapso”, afirmou um do...
SinavalPesquisa da USP divulgada ontem concluiu que o setor marítimo brasileiro enfrentará até 2010 um desequilíbrio da ordem de 25% entre a oferta e a demanda de oficiais da marinha mercante. Até 2013, o percentual aumentará para cerca de 30%. “Estamos em uma fase pré-colapso”, afirmou um dos autores do estudo, o professor do Departamento de Engenharia Naval da Escola Politécnica da USP, Guilherme Lobo, “Se o problema não for resolvido, vamos ter um ‘apagão marítimo’”.
Realizada entre outubro de 2007 e junho de 2008, a pesquisa apontou também a questão da evasão de profissionais ao longo da carreira. O trabalho concluiu que cerca de 60& dos oficiais de marinha mercante deixam a profissão prematuramente.
Com o título “Diagnósticos da Disponibilidade de Oficiais de Marinha Mercante de 2008 a 2013”, a pesquisa foi encomendada pelo Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma). O estudo veio confirmar o sentimento, que já existe desde 2003 no Syndarma, da necessidade de medidas imediatas quanto ao aumento nos efetivos de oficiais de náutica e de máquinas egressos dos centros de instrução da Marinha. Com os recentes planos de expansão da frota de apoio marítimo, navios-sonda e petroleiros, e a contratação efetivada de porta-contêineres, essas medidas se tornaram ainda mais necessárias, afirma Roberto Galli, vice-presidente executivo do (Syndarma).
Segundo Guilherme Lobo, a demanda oriunda da segunda fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro e da encomenda dos navios-sonda não foi contabilizada no estudo.
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