A Cedae está investindo R$ 400 milhões para assegurar que a região no entorno do Complexo Petroquímico do Estado do Rio (Comperj), como Magé, Itaboraí e São Gonçalo, possa suportar o crescimento na demanda por água e coleta de esgoto. A estatal irá criar uma rede de abastecimendo seguindo o arco rodoviário do estado do Rio, para abastecer a localidade. Hoje ela tem passivo de 3 metros cúbicos de água por segundo, de acordo com o presidente da Cedae, Wagner Victer.
"Itaboraí e São Gonçalo, são municípios que crescem muito, mas nós já estamos preparados. Essas localidades não tem grande potencial hídrico e enfrentam problemas de abastecimento. O sistema de Juturnaíba é o único com grande capacidade só que ele vai ser fundamental para o crescimento industrial da Região dos Lagos. O que estamos fazendo então? Reflorestando as margens ciliares dos Rios Gandu e Macacu para que eles tenha acréscimo de água não para os 100 mil que irão chegar mas para um milhão de pessoas que já estão lá", disse Victer, em evento ontem na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
Segundo o presidente da Cedae, com o término do plantio, que será feito por detentos dos regimes aberto e semiaberto do Estado do Rio, haverá transposição das águas da bacia do Gandu para abastecer a região no entorno do Comperj. Victer afirmou que essas obras disponibilizarão mais 1,5 metros cúbicos por segundo para a população em paralelo aos três metros cúbicos do Rio Macacu. A Cedae assinou com a Petrobras para que esta trate e reutilize efluentes da indústria do petróleo, o que geraria 1,5 metros por segundo a mais para a localidade.
O replantio das margens ciliares faz parte do projeto da Cedae "Replantando Vidas". Até 2016 serão replantadas 24 milhões de mudas de árvores nativas da mata atlâtnica, sendo 3 milhões em mananciais do estado do Rio. De acordo com Victer, o projeto protege os rios que abastecem os sistemas da Cedae. "Ou seja, estamos preservando a água do futuro", afirmou.