Opinião

Cenário energético brasileiro aponta maior dependência de térmicas

O que aumenta o preço para os mercados.

Redação
25/02/2013 15:50
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A China vai aumentar o preço máximo da gasolina e diesel no varejo a partir desta segunda-feira (25), informou no domingo a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.
O preço da gasolina vai aumentar em 300 iuans (US$ 48) por tonelada, enquanto a tonelada do diesel vai ficar 290 iuans mais cara.
Esse aumento, o primeiro desde 16 de novembro, é resultado do preço do petróleo acima de determinado limite que permite ao país aumentar o preço do combustível.

 

Com o aumento do parque térmico, o país não está  tão dependente de chuvas para abastecer os reservatórios e evitar o racionamento, como em 2001, mas isso aumenta o preço da energia para os mercados cativo e livre, é o que analisa Luis Gameiro, diretor da Trade Energy, comercializadora independente de energia.

 

Atualmente, o custo de operação das térmicas por razões de segurança é de cerca de R$ 700 milhões por mês, e para o executivo este é um fator de atenção. “O sistema brasileiro de geração de energia hoje é mais frágil e mais dependente da geração térmica porque os requisitos ambientais crescentes têm impedido o aproveitamento maior da nossa vantagem competitiva em termos de água, construindo, como no passado, reservatórios de acumulação plurianual que permitissem aumentar o grau de segurança no abastecimento. Esse fato leva, naturalmente, a um custo maior de complementação térmica, já que a energia eólica e solar, pela sua própria natureza, não conseguem acompanhar a curva diária de carga”, comenta.

 

Ainda que este valor tenha que ser transferido aos consumidores ainda em 2013, as novas diretrizes do setor, determinadas pelo governo, apontam para melhores condições. “Ainda é cedo para dizer qual o real impacto da redução de tarifas determinada na Lei 12.783/2013, por conta do repasse que deve ser feito para compensar as distribuidoras pelo gasto adicional com térmicas, mas por se tratar de uma medida estrutural, a redução estrutural no custo da energia no Brasil trará importantes efeitos globais a partir do próximo ano”, destaca Gameiro.

 

Panorama para 2013 do mercado livre de energia

 

Para o diretor da Trade Energy, empresa que comercializa e gere atualmente 550 MW médios de energia e traça ampliação do faturamento em 40% para 2013, as condições para os consumidores livres poderiam melhorar.

 

“Com a lei proveniente da MP 579, o mercado livre acabou se beneficiando apenas com a redução de encargos e do preço de uso das redes com concessão renovada. A redução no custo da energia propriamente dita merece mais atenção, porque afinal representa hoje quase 30% do consumo no país, na quase totalidade carga industrial ou comercial. Por isso, os benefícios nessa área seriam fundamentais para incentivar a produção e consequentemente o crescimento econômico sustentável do país”, alerta Gameiro.

 

Um dos fatores mais preocupantes para o mercado livre em 2013 é o PLD (Preço de Liquidação de Diferenças), que segue oscilando em patamares elevados. “O que deve ocorrer é um movimento de alongamento dos contratos, procurando minimizar a exposição aos preços de curto prazo, já que num país de base hidráulica sempre haverá riscos de estiagem e de suas consequências no preço. Contratos por prazos mais longos têm algumas vantagens, entre elas a minimização do risco de curto prazo e a bancabilidade, pelo mercado livre, de empreendimentos de geração, permitindo atuar em conjunto com o governo na expansão do parque gerador nacional”, analista Gameiro.

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