Redação TN Petróleo/Assessoria
A Copergás concluiu a primeira etapa da Chamada Pública para aquisição de biometano, com o recebimento de quatro propostas de quatro empresas. Os projetos apresentados visam a produção do combustível a partir de resíduos orgânicos agrícolas e de aterros sanitários.
O processo agora entra na fase de detalhamento e análise econômica das propostas. Após essa etapa, a Chamada Pública será finalizada, com o anúncio da empresa, ou empresas, vencedora (s). O início do fornecimento do biometano está previsto para 1º de janeiro de 2024, com prazo de contratação de 10 anos. O volume mínimo será de 3 mil m³/dia.
O presidente da Copergás, André Campos (foto), considerou “um sucesso” a Chamada Pública, ressaltando o avanço da diversificação dos supridores da Companhia e o impacto positivo do biometano na redução da emissão de gases do efeito estufa. “Além de aumentar o número de fornecedores para a Copergás, nós estamos também dando uma grande contribuição para o meio ambiente. É com muito entusiasmo que vemos o sucesso dessa chamada pública”, disse ele.
O biometano é um gás natural renovável, obtido a partir da purificação do biogás e originário de resíduos orgânicos de aterros sanitários, de estações de tratamento de esgoto, da cana-de-açúcar, da agropecuária e da agroindústria, entre outras atividades.
Interiorização
Seu aproveitamento é importante fator de interiorização do gás – os resíduos da agropecuária ou de aterros sanitários nos municípios tornam-se insumo para o biometano, criando oportunidade de negócios para a região e garantindo a produção local.
Neste caso, a opção combina com a ação estratégica de interiorização executada pela Copergás, que já possui dois projetos de Rede Local: em Petrolina, no Sertão do São Francisco, região de grande produção agrícola, e em Garanhuns, no Agreste Meridional, região onde há forte atividade pecuária. “Estamos em ritmo acelerado de interiorização, seguindo recomendação do governador Paulo Câmara e do secretário Geraldo Julio (Desenvolvimento Econômico)”, afirmou André. “E o biometano, fonte energética renovável e ambientalmente sustentável, pode ser um grande aliado nosso nesta caminhada”.
O biometano pode ser injetado na malha de gasodutos de distribuição, atendendo aos segmentos industrial, residencial, comercial e de GNV, sem perda de competitividade nem de eficiência energética.
No último dia 21 o Governo Federal lançou o Programa Nacional de Redução de Metano de Resíduos Orgânicos – Metano Zero. Uma das medidas anunciadas foi a inclusão do biometano no Reidi (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura), que prevê, entre outros benefícios, a suspensão de cobrança de PIS e Cofins para compra de equipamentos, materiais de construção e máquinas. Criado em 2007, o Reidi tem por objetivo a desoneração da implantação de projetos de infraestrutura.
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