Segurança

Chefe da guarda costeira americana dá curso para agentes do Sistema Nacional de Polícia Marítima

    O combate ao crime organizado nos portos e na costa brasileira é a principal missão do recém-criado Sistema Nacional de Polícia Marítima (Sinapom). Os cerca de 200 agentes da Polícia Federal lotados nos 11 núcleos já instalados fiscalizam navios transatlânticos, cargueiro...

Redação
27/03/2006 00:00
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    O combate ao crime organizado nos portos e na costa brasileira é a principal missão do recém-criado Sistema Nacional de Polícia Marítima (Sinapom). Os cerca de 200 agentes da Polícia Federal lotados nos 11 núcleos já instalados fiscalizam navios transatlânticos, cargueiros, embarcações de pesca e de esporte.
    O trabalho tem o apoio da Marinha do Brasil e também da Guarda Costeira dos Estados Unidos, cujo comandante, Gabriel Diaz, veio ao Rio de Janeiro para dar aula para os agentes sobre técnicas de abordagem. O curso começou hoje (27) e termina sexta-feira (31) no Núcleo Especial de Polícia Marítima do Rio de Janeiro (Nepom/RJ).
    Segundo o delegado-chefe do Núcleo, Luiz Carlos de Carvalho Cruz, a integração com a guarda costeira norte-americana vai aumentar os conhecimentos sobre segurança marítima dos agentes brasileiros e ajudar no combate ao crime organizado.
    - Temos problemas com o tráfico de drogas, tráfico de armas e também com clandestinos que vêm em navios, principalmente da África -, disse Cruz.
     Para ele, a integração com a guarda costeira amaricana vai ajudar bastante neste trabalho, pois trata-se de uma instituição tem mais de 200 anos. O delegado, que também coordena o grupo de trabalho que implantou o Sinapom, lembrou que, além de fiscalizar embarcações, a guarda costeira americana tem um serviço de inteligência que funciona integrado com outros países.
    De acordo com Cruz, isso também vai beneficiar o Brasil.
    - Com a troca de informações poderemos saber, com antecedência, por exemplo, se algum navio vindo de outro porto na América do Sul trazendo drogas, armas ou clandestinos, vai chegar a algum porto brasileiro.
    O grupo de trabalho do Sistema Nacional de Polícia Marítima funciona no Rio de Janeiro, mas, segundo o delegado Cruz, quando o sistema estiver totalmente implantado, o que deve acontecer até o final deste ano, a coordenação ficará centralizada no Departamento de Polícia Federal, em Brasília.
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