Assessoria/Redação
A China se comprometeu a liderar a corrida global de tecnologias limpas em 2020. Ela definiu esta ambiciosa missão em seu 13º Plano Quinquenal, que acaba de ser aprovado pelo Congresso Nacional do Povo em Pequim. Segundo o plano, a China pretende acelerar drasticamente a sua transição para uma economia de baixo carbono, com o objetivo de dobrar sua capacidade de energia eólica, triplicar a sua capacidade solar e multiplicar por 10 sua frota de veículos elétricos.
O investimento per capita da China em energia limpa agora coincide com a da União Europeia. Em 2015, a China aportou em energias limpas duas vezes e meia o que a UE investiu. O consumo de carvão na China, por sua vez, está agora em declínio. O novo plano visa reduzir a produção de carvão em 20% ao longo dos próximos três anos, fechando 4.300 minas de carvão e relocando um milhão de trabalhadores.
Este plano ambicioso dá sequência ao progresso surpreendente que a China já fez no desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono nos últimos 5 anos. Isto é sustentado por uma agressiva estratégia industrial baseada no crescimento de mercados nacionais para enfrentar os desafios ambientais locais. Ela é apoiada por financiamento preferencial para as empresas verdes, os incentivos para que as empresas se fundam dando origem a grandes grupos globais e uma série de novos fundos de investimento internacionais, incluindo o AIIB, One Belt One Road, fundo de África e Fundo Clima. A China também planeja investir mais em P&D do que qualquer outro país no mundo em 2019.
A China tem por meta atender 20% de sua demanda energética com energia limpa até 2030. Isso significa que ela terá de implantar até 1.000 GW de energia eólica, solar, nuclear e outras formas de energia com emissão zero em 2030. Este aumento é equivalente a toda a frota elétrica da Europa (908GW).
O Plano Quinquenal foi publicado na mesma semana em que a reunião do Conselho Europeu tirou de sua agenda os temas relacionados às mudanças climáticas, apesar dos apelos de alguns países europeus para anunciar um aumento da ambição de corte de carbono, na sequência da CoP21. O Acordo de Paris promete manter o aumento da temperatura global 'bem abaixo dos 2 graus‘ e zerar as emissões líquidas de carbono na segunda metade deste século.
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