Brasil/Japão

CNI lidera missão, a maior desde 2012, com 50 empresários para promover comércio e investimento com Japão

Mais de 50 executivos brasileiros integram missão em Tóquio, nos dias 4 e 5 de outubro, a maior desde a crise econômica. Setor privado quer aumentar o comércio e os investimentos entre os dois países.

Redação/Agência CNI de Notícias
05/10/2016 14:54
CNI lidera missão, a maior desde 2012, com 50 empresários para promover comércio e investimento com Japão Imagem: Divulgação Visualizações: 249 (0) (0) (0) (0)

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, lidera a maior delegação de empresários para o Japão desde 2012, com mais de 50 executivos. O setor produtivo brasileiro defende a reaproximação dos dois governos e a melhora do ambiente de negócios entre Brasil e Japão. Nos últimos cinco anos, o comércio entre os dois países caiu 45%, passou de US$ 17,4 bilhões, em 2011, para US$ 9,7 bilhões, em 2015. Mesmo assim, no ano passado, o Japão foi o 6º principal parceiro comercial do Brasil e também ocupou a 6ª posição no estoque de investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira.

“Temos muito interesse no Japão, que nos oferece oportunidades para ampliamos nossas exportações, acessarmos tecnologia e atrairmos capital para investimentos em infraestrutura. Para isso, é importante o lançamento de negociações formais entre o Brasil e o Japão para um acordo comercial e outro de investimento. Não há como discutir uma melhoria das relações comerciais entre nossos países sem avanço dessas negociações”, diz Robson Braga de Andrade.

Pesquisa da CNI com 51 associações industriais brasileiras mostra que 83% delas apoiam a negociação de um amplo acordo comercial. O resultado surpreende, pois o Brasil praticamente só importa bens industrializados do Japão. Segundo as empresas, o acordo aumentará o acesso a mercado para as exportações de bens e serviços brasileiros e reduzirá o custo de importação de insumos. Entre os benefícios, o empresariado também destaca o compartilhamento de etapas de produção com empresas japonesas, aumento na participação nas cadeias de valor e a realização de investimentos no país asiático.

“Se os membros do bloco não estiverem prontos para aderir, o Brasil poderá identificar opções pragmáticas para prosseguir com o início das negociações. Nossas consultas internas mostram que o empresariado não se opõe a um Mercosul mais flexível”, afirma Robson Braga de Andrade.

Acordos setoriais - Para a CNI, os dois governos devem negociar ainda o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI). A negociação desse acordo com o Japão é importante para aumentar a segurança jurídica e negociar regras mais favoráveis para vender, comprar, investir e receber investimentos estrangeiros.

Também está na pauta dos empresários a negociação do Acordo para Compartilhamento de Exame de Patentes (PPH), para permitir a cooperação entre os escritórios de patentes dos dois países. No momento, o Brasil só tem um projeto piloto desse tipo com os Estados Unidos, limitado, pelo lado brasileiro, ao setor de petróleo e gás. Com o Japão, o PPH evitará a duplicação de esforços dos examinadores do Brasil e do Japão e contribuirá para estreitar a cooperação que existe entre o Japan Patent Office e o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). O escritório japonês de propriedade intelectual é um dos cinco maiores do mundo.

Barreiras não-tarifária – O setor privado brasileiro defende ainda que o governo japonês aumente a mistura de 3% do etanol na gasolina para 10%, em um processo gradativo. Assim, segundo a CNI, o Japão poderá desenvolver a infraestrutura para armazenagem e distribuição do etanol e introduzir em sua matriz energética um combustível renovável, de baixo carbono e de baixo potencial poluidor. “Também é um passo para reduzirem a emissão de gases de efeito estufa”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

 

 

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