Selecionados poderão desenvolver projetos de pesquisa em laboratórios na USP e CNPEM.
Redação TN Petróleo/Assessoria USPO Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e a Universidade de São Paulo (USP) assinaram na terça-feira (24) um acordo para ampliar a cooperação científica e tecnológica entre as instituições. A iniciativa, oficializada por meio de portaria assinada pelo reitor Carlos Gilberto Carlotti Júnior e publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, prevê a concessão de 40 bolsas a estudantes de Doutorado da USP e 20 bolsas a pós-doutorandos para desenvolver projetos de pesquisa em laboratórios na USP e no CNPEM.
O programa é voltado a estudantes da USP e a chamada com detalhes a respeito das bolsas e processo de inscrição está disponível aqui. As bolsas de doutorado terão valor de R$ 5.520 mensais, para estudantes regularmente matriculados em Programas de Pós-Graduação da USP, por até 24 meses, renováveis por igual período. Também serão oferecidas 10 bolsas de pós-doutorado no valor de R$ 12 mil mensais, para pesquisadores regularmente inscritos no Programa de Pós-doutorado da USP, por até 24 meses, renováveis por igual período.
A cerimônia oficial na sala do Conselho Universitário da USP teve a presença de diretores, pesquisadores e professores da USP e do CNPEM. Integraram a mesa o Diretor-Geral do CNPEM, Antonio José Roque da Silva; o Reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior; a Secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad; o Pró-Reitor de Pós-Graduação, Rodrigo Tocantins Calado, e o Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação, Paulo Alberto Nussenzveig.
A parceria é resultado de conversas iniciadas após a visita de uma comitiva da USP ao CNPEM, em janeiro. Participaram da visita o Reitor da USP, pró-reitores de Graduação e de Pesquisa e Inovação, além de diretores de diversas Unidades da USP, diretores dos laboratórios do CNPEM e pesquisadores.
A delegação foi recebida pelo diretor-geral do CNPEM, Antonio José Roque da Silva, e conheceu de perto as instalações dos seus quatro laboratórios nacionais (LNNano, LNLS, LNBio e LNBR), incluindo o Sirius, uma das mais avançadas fontes de luz síncrotron do mundo. Durante a visita foram discutidas possibilidades concretas de ampliação do uso compartilhado da infraestrutura científica, intercâmbio de pesquisadores, projetos conjuntos de inovação e o envolvimento de estudantes de graduação e pós-graduação em pesquisas aplicadas a desafios emergentes, como transição energética, biotecnologia, sustentabilidade ambiental, semicondutores, inteligência artificial e medicina de precisão.
A aproximação entre USP e CNPEM une esforços entre o maior centro universitário da América Latina e um dos mais sofisticados centros de pesquisa e inovação do Hemisfério Sul. A seleção dos candidatos será separada em duas chamadas, a partir de dois editais conjuntos da USP e CNPEM.
Para Antonio José Roque da Silva, "esta parceria enfrentará o desafio de termos bons projetos, de ver, principalmente, o jovem sonhando em resolver os problemas que ninguém no mundo resolve. Acreditamos que o Brasil pode sim resolver as coisas que ninguém resolve. Nós temos essa competência em poder competir com qualquer país. Por isso, estamos hoje aqui assinando este importante acordo entre duas importantes instituições do Brasil".
O Reitor Carlotti Júnior lembrou que a ideia começou na visita ao CNPEM. "Eu realmente fiquei encantado com o Sirius. Porque dificilmente o Brasil vai ter em algum momento da sua história uma ferramenta para a pesquisa tão poderosa como temos no CNPEM. Você consegue ver com o Sirius coisas que você não consegue ver com as outras metodologias que nós temos. Então, eu acho que, com essa associação da USP e o CNPEM, o Brasil e as pesquisas brasileiras terão muito a ganhar. Certamente, o projeto vai ficar muito mais desafiador do que se fosse só da USP, ou se fosse só do CNPEM".
José Roque lembrou que o Sirius é um dos equipamentos do CNPEM e que o centro tem muito a oferecer em todos os seus laboratórios. "Por isso, nessa parceria com a USP, com esses doutores e pesquisadores, devemos desenvolver ideias diferentes e em diversas áreas de conhecimento".
A Secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, também falou no evento. "É uma satisfação ver essa aproximação entre a USP e o CNPEM, além de dizer que já há discussões com o Ministério da Saúde para investimentos voltados para apoiar o desenvolvimento de pesquisas resultantes dessa parceria".
Sobre o CNPEM - O CNPEM compõe um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Organização social supervisionada pelo MCTI, o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no Brasil, o CNPEM desenvolve o Projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos.
As atividades técnico-científicas do CNPEM são executadas pelos Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), além da Ilum Escola de Ciência, um curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).
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