<P>A Codesp definiu semana passada por onde começará a construção da Avenida Perimetral do Porto de Santos. As primeiras intervenções serão feitas nas proximidades dos armazéns açucareiros, na região de Outeirinhos, e às margens do Retão da Alemoa, em áreas sem circulação de veículos...
A Tribuna - SPA Codesp definiu semana passada por onde começará a construção da Avenida Perimetral do Porto de Santos. As primeiras intervenções serão feitas nas proximidades dos armazéns açucareiros, na região de Outeirinhos, e às margens do Retão da Alemoa, em áreas sem circulação de veículos para evitar problemas no tráfego. A expectativa é que os trabalhos comecem em março.
Ontem, a Docas autorizou a realização de sondagens no solo dessas regiões para avaliar condições topográficas.
As informações foram reveladas com exclusividade para A Tribuna, pelo diretor de Infra-estrutura da estatal, Arnaldo de Oliveira Barreto, e pelo superintendente de Infra-estrutura da companhia, Paulino Moreira Vicente. Na última quinta-feira, eles se reuniram com técnicos da Secretaria de Assuntos Portuários de Santos (Seport) e das empresas OAS (vencedora da licitação para a construção do complexo viário), Figueiredo Ferraz (que desenvolve o projeto-executivo das vias) e ALL (concessionária que responde pelo serviço ferroviário no complexo), para debater o início das obras.
A implantação da perimetral da Margem Direita irá reduzir os cruzamentos das pistas rodoviárias com as linhas férreas no cais. Como consequência, diminuirá a ocorrência de engarrafamentos (ocasionados principalmente quando uma composição atravessa o cais e interrompe o fluxo de veículos automotivos) e facilitará o acesso de caminhões, carretas e vagões aos terminais instalados na Cidade.
A frente de trabalho a ser instalada em Outeirinhos construirá o trecho da avenida que ficará entre as ruas João Pessoa (no bairro do Paquetá) e Luiza Macuco (Vila Nova). Ela será implantada na área interna do porto, na via de serviço da Docas que corre paralelamente ao muro que divide as áreas da estatal e urbana, atrás dos armazéns açucareiros da Teaçu, da Cosan e da Copersucar.
Nessa região, há galpões abandonados que serão demolidos para a abertura de uma pista de 10 metros de largura, por onde passará o tráfego no sentido Alemoa-Ponta da Praia. As obras devem durar seis meses.
Somente com essa etapa concluída, a Codesp permitirá o início das obras na Avenida Eduardo Guinle, hoje a principal via de acesso aos terminais instalados em Outeirinhos e na Ponta da Praia. Como parte da estratégia de reduzir os cruzamentos rodo-ferroviários, a ALL irá implantar três linhas férreas de bitola mista na avenida. Os trilhos serão colocados juntos aos armazéns III ao VII (3 e 7 externos), ocupando parte da pista por onde hoje passa o tráfego no sentido Ponta da Praia-Alemoa.
Segundo o diretor de Infra-estrutura da Docas, essa fase dos trabalhos, que levará três meses, não deverá causar congestionamentos na Avenida Eduardo Guinle, pois só irá ocorrer quando o trecho da perimetral construído sobre a via de serviço for entregue.
Um canteiro de obras, que ocupará um terreno de 5 mil metros quadrados da Codesp, na Rua Silva Jardim, começará a ser montado na próxima semana.
Simultaneamente às obras em Outeirinhos, a Construtora OAS irá construir uma pista de serviço na Avenida Augusto Barata, o Retão da Alemoa. Ela será implantada no lado externo da via de saída do porto (por onde passa o tráfego no sentido Ponta da Praia-Alemoa). Terá 1,7 Km de extensão e sete metros de largura. A idéia é ter um bolsão para suportar o tráfego de caminhões naquela região durante a remodelação do corredor principal.
Segundo o superintendente de Infra-estrutura da Codesp, Paulino Moreira Vicente, a marginal do Retão será construída em quatro meses e, ao seu final, receberá, provisoriamente, o fluxo de caminhões que deixa o cais. A pista por onde passava esse tráfego (que estará ao lado) receberá os veículos que estarão vindo para a região. Essas modificações serão necessárias para a construtora OAS iniciar as obras de recuperação da atual via de chegada, que terá todo o solo substituído.
Se não fizer esta pista encostada ao muro da Avenida Augusto Barata, a obra vai gerar um caos na entrada do porto, anteviu o superintendente, ao informar que todos os pontos receberão nova iluminação.
De acordo com Vicente, a OAS apresentará o cronograma final de obras amanhã.
Fonte: A Tribuna - SP
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