Redação TN Petróleo, Agência Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, ficou em 0,86% em fevereiro deste ano, taxa superior ao 0,25% registrado em janeiro deste ano e em fevereiro do ano passado. Essa é a maior alta para o mês desde 2016 (0,90%).
Segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula taxas de inflação de 1,11% no ano e de 5,2% em 12 meses.
O principal responsável pela alta da inflação em fevereiro foi o grupo transportes, que registrou variação de 2,28% no mês, puxada principalmente pela gasolina (7,11%). Esse combustível, sozinho, respondeu por quase metade da inflação em fevereiro.
"Temos tido aumentos no preço da gasolina, que são dados nas refinarias, mas uma parte deles acaba sendo repassada ao consumidor final. No início de fevereiro, por exemplo, tivemos um aumento de 8%, e depois de mais de 10%. Esses aumentos subsequentes no preço do combustível explicam essa alta", diz o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
De acordo com o Índice de Preços Ticket Log (IPTL), o preço médio da gasolina avançou 5,73% em fevereiro na Região Sudeste, na comparação com o fechamento de janeiro. Trata-se do menor aumento do combustível no país, o que fez o valor médio do litro ser de R$ 5,115. Entre os estados, apenas São Paulo não registrou valores acima de R$ 5. Nos postos paulistas, o preço médio da gasolina foi de R$ 4,707, 14,85% abaixo do registrado no Rio de Janeiro, que tem o valor médio mais caro, de R$ 5,406. Em Minas Gerais, o combustível apresentou preço médio de R$ 5,216, e no Espírito Santo, R$ 5,129.
Já o etanol apresentou alta de 3,54% em fevereiro, em relação ao fechamento de janeiro. O preço médio registrado no período foi de R$ 3,778, valor acima apenas do Centro-Oeste na comparação entre regiões. O litro médio mais barato também foi encontrado em São Paulo, a R$ 3,228, e o mais caro no Rio de Janeiro, a R$ 4,281.
"O gás natural veicular (GNV) foi o combustível com menor taxa de aumento em fevereiro no Sudeste, com avanço de 0,15% e dois Estados registrando quedas. Em São Paulo, o preço médio teve recuo de 0,20%, e em Minas Gerais, de 0,59%. Nestes dois estados, também, o etanol se mostrou mais vantajoso que a gasolina se comparados dentro da margem de vantagem 70/30", pontua Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.
O comportamento do diesel na região foi de alta acima de 4%. O diesel comum avançou 4,69%, o segundo maior aumento do país entre as regiões, e foi comercializado a R$ 3,977. Já o diesel S-10 registrou alta de 4,38% e preço médio de R$ 4,051.
O estado com os preços mais baixos para o diesel é São Paulo, com preços médios de R$ 3,881 o comum, e R$ 3,942 o S-10. Os valores mais caros foram registrados em Minas Gerais, com o diesel encontrado a R$ 4,073 e o diesel S-10, a R$ 4,148.
Quanto ao IPCA, outro grupo que contribuiu para a inflação do mês foi Educação, com alta de 2,48%, devido aos reajustes que costumam ocorrer no início do ano.
Também registraram inflação os grupos saúde e cuidados pessoais (0,62%), alimentação e bebidas (0,27%) habitação (0,40%), artigos de residência (0,66%), vestuário (0,38%) e despesas pessoais (0,17%). Comunicação, com queda de preços de 0,13%, foi o único grupo a apresentar deflação.
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