Redação TN Petróleo/Assessoria AgroAdvice
O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, aproveitou a reunião de abertura dos trabalhos anuais do Cosenp - Conselho Superior de Estudos Nacionais e Política, na Fiesp, nesta segunda-feira (19/2), para comentar vários pontos da agenda conduzida pelo governo federal para apoiar os diversos setores produtivos do País. Em sua apresentação, intitulada "Produtividade e Taxa de Investimento", o vice-presidente destacou os projetos de lei voltados para a exportação e importação; apoio à modernização das indústrias, com a depreciação superacelerada, e a digitalização de pequenas e médias empresas; criação de uma letra de crédito para financiamento da indústria (a exemplo da LCA, do agronegócio, e LCI, do segmento imobiliário); e o projeto de lei do combustível do futuro. O evento contou com a participação de seis Conselhos da casa, incluindo o Cosag-Conselho Superior do Agronegócio.
Sobre o combustível do futuro, além de relembrar o progresso do país no desenvolvimento dos biocombustíveis nos últimos anos, Alckmin comentou sobre iniciativas que visam dar continuidade ao posicionamento do Brasil como vanguarda da mobilidade verde. Um dos exemplos citados pelo vice-presidente é a Aliança Global de Biocombustíveis, lançada no ano passado pelos presidentes do Brasil, EUA e Índia, para estimular a produção e o uso de biocombustíveis, sobretudo do etanol, para descarbonizar os transportes, incluindo o desenvolvimento do SAF (combustível de aviação sustentável). Sobre este tema, o presidente do Cosag, Jacyr Costa, comentou a importância de diferenciar a taxação dos combustíveis fósseis: "Trata-se de uma medida importante, tornando o etanol uma opção mais atraente ao consumidor, a exemplo do que o próprio Alckmin, enquanto governador do estado de São Paulo, fez em 2003, reduzindo o ICMS do etanol de 25% para 12%", complementou Costa.
“O caminho da descarbonização tem várias rotas para os combustíveis, como o etanol, o biodiesel, biometano e biogás. O Brasil é campeão em vários deles. O governo vai continuar estimulando a descarbonização por meio do crédito tributário”, pontuou, destacando o projeto Mover, que reduz impostos e ao mesmo tempo eleva as exigências de sustentabilidade e eficiência energética na indústria automobilística.
Alckmin falou ainda sobre a oneração dos automóveis elétricos importados de forma gradual, chegando a até 35% em 2026, medida que apoia a indústria nacional automobilística, que desde os anos 2000 investiu em um parque para a produção de carros flex fuel, permitindo que o Brasil se tornasse um dos países mais avançados quando se fala em sustentabilidade dos transportes.
Junto com diversas iniciativas do governo, como o crédito tributário voltado à renovação da frota, a gradual queda de juros e maior previsibilidade para os credores têm melhorado as perspectivas da indústria automobilística. “A Anfavea já prevê um crescimento de 12% nas vendas de carros este ano e um total de mais de R$ 100 bilhões de investimentos até 2028”, celebrou Alckmin.
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