Lubrificantes

Como age o óleo lubrificante no motor do seu veículo

Especialista dá dicas para assegurar desempenho de automóvel com uso dos produtos certos.

Redação / Assessoria
01/12/2014 12:32
Visualizações: 1078 (0) (0) (0) (0)

Parte essencial dos cuidados necessários para estender a vida útil do automóvel é ficar atento ao estado de conservação de seus componentes básicos, procurando, sempre, entender como os produtos certos atuam e asseguram o funcionamento pleno do motor e dos sistemas hidráulicos e elétricos, por exemplo.

Nesse sentido, vale lembrar que a troca de óleo regular é um dos procedimentos mais importantes para garantir o desempenho do veículo, uma vez que a lubrificação adequada atenua o atrito entre as peças dentro do motor.
 
Seguindo sempre as recomendações do fabricante do veículo na hora da troca, é preciso observar, principalmente, a viscosidade SAE e o desempenho API, ACEA ou ILSAC do produto. De acordo com Marcelo Beltran, Gerente de Produtos da Total Lubrificantes do Brasil, a viscosidade do lubrificante pode ser identificada na embalagem do produto e normalmente é representada da seguinte forma: 0W-20, 5W-30, 10W-40, 20W-50, etc.

Estes números correspondem à viscosidade de produtos automotivos tanto na partida (com o W) quanto na temperatura de regime de trabalho do motor (sem o W), conforme regulamentado pela SAE – Sociedade dos Engenheiros Automotivos.
 
Pesquisas apontam que 75% do desgaste do motor ocorre no momento da partida, em função dos poucos segundos que o motor trabalha a seco, sendo assim, é essencial que o lubrificante flua o mais rápido possível, para lubrificar o motor. Justamente por isto, é de grande importância utilizar produtos com viscosidade menor no momento da partida. “O óleo tem tendência a perder viscosidade com o calor, o que faz com que seja extremamente importante seguir as orientações recomendadas pela montadora. Quanto maior a numeração, mais viscoso é o óleo, e consequentemente, maior será a resistência à fluidez”, explica.
 
O motorista também deve considerar as especificações API (USA), ACEA (Europa) ou ILSAC (Ásia) do lubrificante utilizado, uma vez que a escolha de um produto impróprio pode impactar diretamente em seu desempenho junto aos demais aditivos que fazem parte da formulação do produto. “Os aditivos ‘avulsos’, que são comercializados no mercado, não são recomendados pelos fabricantes, pois todos os lubrificantes de boa qualidade são formulados com a quantidade de aditivos necessária para que o produto desempenhe perfeitamente a sua função. O uso de aditivos avulsos pode desbalancear a formulação do óleo, ocasionando fuligem, aumento do consumo de combustível e de contaminação do ar, e em casos extremos, lubrificação ineficiente do motor”, ressalta Beltran.
 
É importante lembrar que, durante o uso do veículo é normal que o nível do lubrificante diminua com o tempo, pois no momento da lubrificação do pistão, um pequeno volume de óleo é “queimado”, juntamente com o combustível. Além disto, com a alta temperatura, ocorre uma perda por evaporação. O motorista, no entanto, não precisa se preocupar quando o lubrificante fica preto, isso é sinal de que está cumprindo corretamente a sua função, que é a de remover as impurezas do motor e deixá-las “dispersas” no lubrificante até o momento da troca. “De modo geral, podemos dizer que a coloração preta do lubrificante informa que o produto está ‘sujo’. É extremamente importante que a sujeira esteja no óleo ou no filtro e não na parede do carter ou canais do motor, para que não venha a causar problemas de funcionamento. Isto é sinal de que os aditivos detergente e dispersante estão realizando a sua função. O óleo deve reter as impurezas até o momento da troca, onde a sujeira flui com o óleo para fora do motor, deixando-o limpo e trabalhando de modo eficaz”, finaliza.
 
Diferença entre óleos sintéticos e semissintéticos

Aproximadamente 8% dos lubrificantes automotivos e industriais são 100% sintéticos, ou seja, elaborados com óleos básicos dos Grupos III, IV, V e/ou VI.

O mercado de Lubrificante sintético vem se expandindo a cada dia e continuará crescendo de forma constante, mas lentamente em função do custo. Estima-se algo em torno de 0,3% ao ano no market share global de lubrificantes. Os equipamentos e veículos modernos exigem performance cada vez melhores, que são alcançadas apenas com este tipo de produto.

Já o Lubrificante semissintético nada mais é do que uma mistura de óleos básicos minerais (Grupo I e II) com óleos básicos sintéticos (Grupo III, IV, V e/ou VI).

Obviamente o óleo sintético é mais caro, devido aos custos de produção, mas também de melhor performance em inúmeros aspectos. Por Lei, deve-se incorporar na mistura (blend) pelo menos 10% de óleo sintético, e na prática, a composição normalmente não passa de 30% de óleo sintético.

Portanto, podemos dizer que o óleo semissintético é uma ótima relação custo x benefício, com custo e desempenho intermediário.

É bom lembrar que devemos seguir sempre a recomendação do Manual do Proprietário antes de tomar uma decisão de compra.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Rio Pipeline & Logistics 2025
Na Transpetro, ações de responsabilidade social atendem ...
09/09/25
MME
Estudo projeta expansão da produção de biocombustíveis c...
09/09/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
DNV participa da Rio Pipeline & Logistics 2025
09/09/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
Construtora Elevação leva inovação, eficiência e sustent...
08/09/25
ANP
A\Sense vence desafio tecnológico da ANP com projeto de ...
08/09/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
Rio Pipeline & Logistics 2025 começa hoje, 09/09
08/09/25
São Paulo
FIEE 2025 tem início nesta terça-feira, dia 9, com 600 m...
08/09/25
Combustíveis
Etanol anidro e hidratado registram alta na primeira sem...
08/09/25
Biometano
Necta Gás Natural promove evento sobre as vantagens do b...
05/09/25
Combustíveis
IBP celebra avanço legislativo na tipificação de crimes ...
05/09/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
Rio Pipeline & Logistics 2025 começa na próxima semana
05/09/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
Grupo Omni Helicopters International leva drones de alta...
04/09/25
IBP
Devedor Contumaz: Aprovação no Senado representa avanço ...
04/09/25
Etanol
Nordeste mostra protagonismo em inovação tecnológica na ...
04/09/25
Reconhecimento
Supergasbras conquista Selo Ouro no Programa Brasileiro ...
03/09/25
Minas Gerais
Com investimento de R$ 314 milhões, centro pioneiro em p...
03/09/25
Copel
Presidente da EPE apresenta visão de futuro do setor elé...
03/09/25
Firjan
Indústria brasileira acumula quatro meses sem cresciment...
03/09/25
Firjan
Junto com a CNI, Firjan inicia missão empresarial nos EU...
03/09/25
Seminário
PPSA destaca potencial de upsides nas áreas que serão le...
02/09/25
Apoio Offshore
Posidonia incorpora PSV Posidonia Lion, sua primeira emb...
02/09/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23