Firjan

Corrente de comércio de 2019 deverá ser mantido em 2020


26/12/2019 18:54
Corrente de comércio de 2019 deverá ser mantido em 2020 Imagem: TN Petróleo Visualizações: 829 (0) (0) (0) (0)

Apesar do fraco desempenho da economia brasileira em 2019, a corrente de comércio fluminense deve fechar o ano em valores próximos aos de 2018, quando o estado registrou o maior fluxo internacional desde 2004. É o que estima a Firjan, com base nos dados da última edição do Rio Exporta, boletim que apresenta os resultados de comércio exterior no período de janeiro a outubro, e do Diagnóstico do Comércio Exterior do Estado do Rio, ambos elaborados pela federação.

Em apenas nove meses, a corrente de comércio alcançou US$ 41 bilhões, valor superior ao registrado ao longo dos anos de 2015 a 2017. Neste período, o montante oscilou entre US$ 29,7 bilhões e US$ 34,1 bilhões. Em 2018, atingiu US$ 54,3 bilhões. “O resultado dos primeiros nove meses do ano traz otimismo. Se olharmos a série histórica, já ultrapassamos muito o patamar dos três anos anteriores, até 2017, e podemos atingir um valor semelhante ao de 2018”, analisa Flávia Alves, especialista em Comércio Exterior da Firjan.

Considerando os dados de janeiro a outubro, a participação do Rio no comércio exterior do país permanece em 12%, ou seja, como segundo player entre os estados, superado apenas por São Paulo. O saldo comercial ficou positivo em US$ 4,2 bilhões. Se por um lado houve redução das vendas externas fluminenses para o Mercosul (–33%), devido à crise econômica argentina, por outro lado avançou o comércio com a China e os Estados Unidos.

Com o país oriental, principal parceiro fluminense, as compras de petróleo somaram US$ 10,4 bilhões, um incremento de 19% no acumulado do ano e de 25% nos últimos 12 meses. Além disso, o valor representa 81% das vendas de óleos brutos do Brasil para a China. “Para o último trimestre do ano, existe expectativa positiva de crescimento das exportações de outros produtos para aquele país, como tem sido verificado com a exportação de carne e soja”, observa Flávia.

Adyr Tourinho, vice-presidente da Baker Hughes Brazil & Oilfield Equipment Latam, também tem visão positiva sobre o momento. “Estamos otimistas com as oportunidades de crescimento no Brasil, tendo em vista o aumento da participação de operadoras de petróleo e gás internacionais e independentes”, afirma.

Com o mercado norte-americano, o destaque foi no comércio exclusive petróleo, no qual o Nafta foi novamente o principal bloco parceiro do Rio, puxado justamente pelas vendas para os Estados Unidos. Em valores, foram US$ 3,5 bilhões, 27% acima do mesmo período de 2018.

No que diz respeito ao desempenho por itens, as indústrias que apresentaram crescimento nas vendas para o exterior foram de coque e biocombustíveis (+54%); produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (+44%); e máquinas e equipamentos (+16%). E as indústrias mais impactadas negativamente nesse período do ano foram: veículos automotores (–36%), por conta da Argentina; produtos químicos (–26%); e metalurgia (–16%). No geral, houve redução de 9% na exportação de manufaturados.

Por sua vez, as importações foram impactadas pela diminuição nas compras de bens de capital e combustíveis (ambas com –27%), e ainda de bens de consumo (–16%). Entre os itens, houve queda de 30% na entrada de veículos automotores e 11% de produtos químicos. Por outro lado, houve aumento de 181% na importação de máquinas e equipamentos e de 150% de produtos do setor de metalurgia. As importações dos Estados Unidos também se destacaram, com incremento de 14%, com as compras de máquinas e aparelhos para terraplanagem, perfuração e afins se sobressaindo.

Balança comercial fluminense de janeiro a outubro 2019

Exportações: US$ 22,8 bilhões (–12%)

Importações: US$ 18,6 bilhões (–6%)

Corrente de comércio: US$ 41,3 bilhões

Saldo comercial: US$ 4,2 bilhões

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Internacional
Rússia começa a perder força na participação das importa...
11/11/24
Energia Eólica
Grupo CCR e Neoenergia firmam contrato de autoprodução d...
11/11/24
Etanol
Anidro e hidratado encerram a semana com pequena variaçã...
11/11/24
Resultado
Petrobras divulga lucro de R$ 32,6 bilhões no 3º trimes...
08/11/24
Energia elétrica
Desempenho em outubro é o melhor do ano e expansão da ge...
08/11/24
E&P
Firjan destaca o potencial para aumento no fator de recu...
08/11/24
Hidrogênio
Primeira planta de conversão de hidrogênio a partir do e...
08/11/24
ANP
NAVE ANP: inscrições prorrogadas até 22/11/2024
07/11/24
Telecomunicações Offshore
NexusWave: Conectividade Marítima Confiável e Sem Interr...
07/11/24
Pré-Sal
GeoStorage: Novo hub do RCGI nasce para viabilizar o arm...
07/11/24
Negócio
Grupo Energisa assume controle da Norgás e entra no seto...
07/11/24
Etanol
Cientistas mapeiam microbioma de usinas em busca de maio...
07/11/24
Metanol
ANP amplia monitoramento da comercialização de metanol c...
07/11/24
Oportunidade
PPSA realizará seu primeiro concurso público para contra...
07/11/24
GNV
Estratégias e desenvolvimento do setor de GNV proporcion...
07/11/24
Workshop
ANP realiza workshop virtual sobre revisão de normas par...
07/11/24
Marinha do Brasil
Grupo EDGE amplia parceria com a Marinha do Brasil para ...
06/11/24
Evento
Evento Drone em Faixas de Dutos tem nova data
06/11/24
Geração
ABGD participa de Conferência Internacional em Foz do Ig...
06/11/24
Certificação
Foresea recebe, pelo quarto ano seguido, certificação de...
06/11/24
Flow Assurance Technology Congress
Da produção offshore à transição energética
06/11/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21