Tecnologia de distribuição utilizará óleo vegetal.
Ascom CPFL Energia
A CPFL Energia está promovendo a migração de toda a sua rede de distribuição para transformadores verdes que utilizam óleo vegetal. Sendo assim, a concessionária fechou uma parceria com a Cargill para a utilização do fluido tipo Envirotemp™ FR3™.
Com essa iniciativa, a CPFL se torna a primeira empresa de energia no Brasil a iniciar a troca de todo o parque instalado de transformadores por equipamentos desenvolvidos com tecnologia sustentável. O trabalho é resultado de um estruturado programa de pesquisa e desenvolvimento que durou mais de uma década.
Com mais de 5.000 transformadores verdes em operação, a migração de todo o parque da CPFL Energia envolve a compra de 11.000 equipamentos em 2014. Também haverá conversão dos equipamentos antigos ao longo dos próximos anos - um investimento inicial da ordem de R$ 55,8 milhões.
“Nosso interesse no óleo vegetal surgiu a partir de uma insatisfação com os óleos minerais e os riscos associados ao seu manuseio, como problemas de vazamentos, e o descarte seguro de transformadores ao final de sua vida útil”, disse o gerente de Manutenção e Padrões de Engenharia da CPFL Energia, Caius Vinícius Sampaio Malagoli.
Além de serem menos nocivos para o meio ambiente, os transformadores com óleo vegetal são também seguros contra incêndio. O FR3™ da Cargill possui ponto de combustão duas vezes mais alto que o do óleo mineral e é auto extinguível, reduzindo assim o risco de incêndios. “Transformadores que utilizam óleo vegetal também têm maior capacidade de absorver problemas na rede como, por exemplo, sobrecargas”, afirma Malagoli.
O projeto do transformador verde começou a ser idealizado em 2002, quando a CPFL Energia iniciou um programa de pesquisa voltado para esta tecnologia, viabilizado por uma iniciativa pioneira da Itaipu Transformadores, e logo passou a testar os novos equipamentos em campo.
Transformadores verdes
Os transformadores com óleo vegetal FR3™ têm desempenho superior aos transformadores com óleo mineral. Sua estrutura é mais compacta e seu custo fixo é inferior por usar menos material em sua fabricação. “Além dos ganhos em eficiência operacional e redução de custos, ficou claro que o produto da Cargill poderia oferecer vantagens técnicas”, disse Malagoli.
“O projeto da CPFL Energia se destaca pelo pioneirismo no uso conjunto de todos os benefícios do óleo vegetal e contribuiu para que as principais normas de equipamentos, instalações elétricas e proteção contra incêndio fossem atualizadas para incluir essas características, principalmente sobre desempenho térmico”, afirma o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Cargill, Marcelo Neves Martins. “A atualização dessas normas irá fazer com que outras empresas de engenharia, indústrias e concessionárias de energia tenham um guia sobre como aproveitar todos os benefícios da aplicação do óleo vegetal”, destaca.
Para atender a crescente demanda pelo óleo vegetal FR3™, a Cargill ampliou a capacidade de produção e armazenagem de sua unidade em Mairinque, no interior de São Paulo. “Nossa fábrica é base exportadora para América do Sul e estamos preparados para crescimento de 400% em volume comercializado do produto nos próximos dois anos, por meio de novos negócios no Brasil e na América do Sul”, ressalta Martins.
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