<P>O trânsito de contêineres cheios, entre os meses de janeiro e novembro passado, nos portos de Manaus, apresentou elevação de 15,70% ante igual período de 2005. No comparativo anual, foram movimentados, em 2006, 114.245 mil contêineres contra 98.741 mil obtidos em 2005, conforme levantamento...
Jornal do Comercio de Manaus - AMO trânsito de contêineres cheios, entre os meses de janeiro e novembro passado, nos portos de Manaus, apresentou elevação de 15,70% ante igual período de 2005. No comparativo anual, foram movimentados, em 2006, 114.245 mil contêineres contra 98.741 mil obtidos em 2005, conforme levantamento realizado pela SNPH (Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Estado do Amazonas), divulgado na última reunião do Conselho de Autoridade Portuária.
Segundo a SNPH, os onze primeiros meses do ano passado mostraram a forte tendência ao crescimento dos três maiores portos da capital amazonense em volume de cargas para o exterior. A exportação nos terminais portuários aumentou em 65,36% se comparada ao ano anterior e registrou picos, conforme o relatório, nos meses de outubro, março e junho, respectivamente os meses com maiores volumes de negócio.
Na opinião do diretor do Porto Privatizado de Manaus, Carlos Alexandre De Carli, esse crescimento das exportações é resultante dos investimentos empresariais na logística portuária e da importação dos insumos para as indústrias do PIM (Pólo Industrial de Manaus). Segundo De Carli, a redução de custos de estocagem e a construção de novos depósitos de cargas secas têm atraído novas empresas para as vantagens do serviço de navegação a longo curso e de cabotagem.
“Essa prática de reduzir custos mantendo a qualidade do serviço portuário atraiu importações principalmente de insumos para o pólo eletroeletrônico. Em março e junho os picos de importação foram resultantes do campeonato mundial de futebol e, em outubro, devido ao encerramento das linhas de produção”, analisou.
A pesquisa da SNPH revelou também as performances obtidas pelos três maiores terminais portuários da capital amazonense, dentre as quais o Porto Chibatão pertencente ao Grupo J.F. Oliveira Navegação aparece como a nova liderança na participação do mercado amazonense de contêineres cheios entre janeiro e novembro de 2006 com 40,03%, seguido de perto pelo Superterminais com 37,92% e do Porto Privatizado com 21,78%.
No comparativo com igual período de 2005, a SNPH apontou a queda de 7,37% do Superterminais frente à investida do Porto Chibatão cujo crescimento foi de 20,17%, considerado como o melhor desempenho entre os três portos.
O diretor-administrativo do Chibatão Navegação e Comércio, Nelson Falcão, afirmou que a expansão no market share é uma das metas alcançadas na qual foram investidos cerca de R$ 10 milhões, no segundo semestre de 2006.
O Chibatão ampliou, segundo o diretor, a área de manobrabilidade do seu píer interno, avançando-o 50 metros para o meio do Rio Negro. “Esse afastamento do porto mais ao largo vai facilitar a atracação de navios de cabotagem de até 220 metros, sem impedir o berço externo para dois outros navios menores”, disse Falcão.
De acordo com o dirigente, o Chibatão vai poder receber três navios simultaneamente sem perda de tempo e espaço?, explicou Falcão, esclarecendo ainda que a ampliação aumentou a movimentação de cargas da empresa que passou de 24 para 80 mil TEUs (um TEU equivale a 6,096 metros) no segundo semestre.
A estimativa inicial do Porto Chibatão, segundo o diretor-administrativo, era conquistar 70% de movimentação de cargas e alcançar a liderança na Amazônia Ocidental até o primeiro semestre de 2007, mas a organização já faz planos mais ousados para se manter na liderança do mercado de contêineres.
“Esse redimensionamento do nosso píer vai evitar despesas com diárias de navios esperando ao largo para desembaraço da mercadoria. Nós iremos ganhar em eficiência operacional e produtividade, o que é uma grande vantagem para nossos armadores. Nosso índice operacional atual é de 24 contêineres por hora para cargueiros com até 1.200 unidades”, informou.
A diária de um navio à espera por desembarque de contêineres, segundo a SNPH, custa aos dirigentes dos terminais portuários em média entre US$ 20 mil a US$ 26 mil.
O Porto Chibatão projeta aumentar as importações em 13,94% até julho deste ano, conforme Nelson Falcão, o que deve manter sua liderança no mercado amazonense e aumentar o volume de negócios em mais de 35%, até o primeiro semestre deste ano.
Fonte: Jornal do Comercio de Manaus - AM
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