Redação TN Petróleo/Assessoria IBP
O Seminário de Gás Natural 2025, do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Congresso foi concluído em 15 de maio, no Rio de Janeiro. Foram dois dias de evento (14 e 15 de maio), com 60 palestrantes e um total de 882 participantes na edição deste ano. Do total de participantes, 40% foram mulheres e 25% de fora do Rio de Janeiro, inclusive com participantes de Argentina, Estados Unidos, Bolívia, Chile, Uruguai e México. O evento está na sua 21ª edição e registrou um aumento de 20% no número de participantes na comparação com a edição passada, em 2023.
O aumento dos participantes reflete o amadurecimento do mercado de gás, que desde a aprovação da Lei do Gás em 2021, vem atraindo novos agentes, promovendo novos investimentos e novas atividades ao longo da cadeia de valor do gás e gerando um número maior de transações entre os agentes do setor. "Entre 2021 e 2024, o número de produtores de gás natural aumentou de 58 a 73, enquanto o número de empresas comercializadoras ativas no mercado passou de 1 a 19", indica Sylvie D'Apote, diretora executiva de gás natural do IBP, citando dados da Rystad. Por sua vez, o número de consumidores livres também cresceu significativamente no período, de 6 em janeiro de 2024 para 57 em 2025 na última avaliação da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (ABRACE), conforme informou o diretor de gás Adrianno Lorenzon, no Seminário.
"Essa tendência deve continuar nos próximos anos. Além disso há uma perspectiva de aumento robusto da oferta doméstica de gás", afirma a executiva. Segundo projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) no seu último Plano Decenal de Energia, a oferta doméstica de gás natural deverá crescer 170% até 2034, alcançando 134 milhões de m³/dia. "Sem esquecer que as importações de gás da Argentina também trarão nova oferta, novos agentes e novos modelos de negócios", completa Sylvie.
"A abertura do mercado de gás está acelerando, e com a abertura aumenta não somente a número e a diversidade de agentes, mas também a diversidade e a complexidade dos temas a serem pautados e resolvidos" avalia Sylvie D'Apote. Ela projeta que a próxima edição, em 2027, abordará novos temas regulatórios, operacionais e comerciais, além de atualizações sobre a evolução da oferta e da demanda, e sobre as discussões nacionais e internacionais entorno da transição energética.
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