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Cubo Maritime & Port completa três anos acelerando descarbonização, IA e novos negócios no setor portuário

Hub de inovação aberta conecta grandes corporações às marinetechs e já soma cases de impacto, como a aquisição da HidroMares pela suíça SGS, além de iniciativas pioneiras com biocombustíveis, IA fluvial e drones BVLOS.

Redação TN Petróleo/Assessoria
22/08/2025 12:40
Cubo Maritime & Port completa três anos acelerando descarbonização, IA e novos negócios no setor portuário Imagem: Divulgação Visualizações: 819

Ao completar três anos de operação, o Cubo Maritime & Port, hub setorial do Cubo Itaú em parceria com Wilson Sons, Porto do Açu e Hidrovias do Brasil, comprova seu papel como catalisador do ecossistema marítimo e portuário. Graças à conexão proporcionada pelo Cubo, a solução de monitoramento oceanográfico da HidroMares, marinetech que cobre cerca de 40% da costa brasileira, será internacionalizada e integrada ao portfólio global de serviços ambientais da SGS, ilustrando como o hub converte colaboração em negócios escaláveis. A startup foi adquirida pela multinacional após as empresas se conhecerem no Portos ao Cubo, evento âncora do hub.

O evento Portos ao Cubo nasceu para estimular novas ideias no setor e conectar todos os elos da cadeia. Desde sua primeira edição, evoluiu para a principal arena de inovação do setor, reunindo anualmente mais de 400 pessoas para discutirem as tendências e insights.

VALOR GERADO PELO HUB

A história da HidroMares ilustra como o hub gera valor real: conectando desafios de gigantes do setor a soluções de ponta desenvolvidas por startups, atraindo investimentos e fomentando M&As estratégicos.

1 | Descarbonização ganha escala

Teste inédito com HVO (Hydrotreated Vegetable Oil) — Em um movimento pioneiro na América Latina, Wilson Sons, Porto do Açu, efen e Vast conduziram o primeiro abastecimento de rebocadores com HVO, biocombustível de segunda geração que pode reduzir em até 90% as emissões de CO₂ em relação ao diesel marítimo.

O piloto utilizou cerca de 30 m³ de HVO para avaliar desempenho mecânico, consumo e emissões em operação real. A iniciativa busca validar o combustível para uso contínuo e tem como meta migrar toda a frota de rebocadores até 2026. O projeto posiciona o Brasil como referência em descarbonização portuária.

Para Eduardo Valença, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Wilson Sons, a agenda de descarbonização da companhia está focada não apenas na construção de rebocadores mais eficientes, mas também na redução do impacto ambiental da frota, composta por mais de 80 embarcações. “Nesse cenário, o HVO se apresenta como uma solução promissora por ser um combustível drop-in, que pode ser utilizado sem a necessidade de adaptações nos equipamentos. É uma alternativa relevante para avançarmos na transição energética da indústria de apoio portuário”, afirma.

O diretor de Administração Portuária do Porto do Açu, Vinicius Patel, concorda com o executivo. “A transição energética é uma realidade e representa uma grande oportunidade para o Brasil, com a nossa matriz renovável. A infraestrutura portuária do Açu, com terminais líquidos operacionais e área disponível para a instalação de novas plantas industriais, aliada à localização estratégica, nos coloca em uma posição única para atender à crescente demanda por soluções sustentáveis na cadeia de energia e logística. Temos um hub focado em projetos de derivados de baixo carbono, onde poderemos no futuro abrigar plantas de HVO e outros combustíveis”, conta.

Outra importante iniciativa para alavancar a descarbonização no setor marítimo e portuário é o uso da combinação da tecnologia de captura de dióxido de carbono (CO2) diretamente do ar com a tecnologia de conversão deste CO2 capturado em combustível de menor pegada de carbono para embarcações e aviação. O projeto tem o objetivo de estabelecer um ciclo que não apenas mitiga as emissões de CO2, mas também transforma esse gás em combustível renovável, um recurso essencial para operações marítimas e portuárias. Iniciado a partir de uma parceria entre a Porto do Açu e a Repsol Sinopec Brasil, o projeto DAC to SEA destaca-se pelo potencial para promover avanços significativos no campo da descarbonização e da transição energética através da pesquisa e desenvolvimento com aplicação em ambiente real.

2 | Inteligência Artificial & automação

A Hidrovias do Brasil adota a Inteligência Artificial e a Automação como eixos centrais de seu Plano Tecnológico, com foco na aplicação prática da tecnologia para enfrentar desafios operacionais. A Companhia direciona seus investimentos para iniciativas que aumentam a eficiência, reforçam a segurança e elevam a previsibilidade em suas operações hidroviárias.

Nesse contexto, foi desenvolvido o Smart Shipping, projeto criado em parceria com a Technomar, empresa de engenharia naval que integra o ecossistema Cubo Maritime. A iniciativa marca um avanço significativo na jornada de transformação digital da Hidrovias do Brasil, promovendo a evolução da maturidade digital e da autonomia operacional com base em tecnologias emergentes.

Impulsionado por Inteligência Artificial e sustentado por um gêmeo digital da hidrovia, o Smart Shipping tem como missão transformar a logística fluvial por meio da integração inteligente e em tempo real de dados operacionais. A solução conecta sistemas de sensoriamento e monitoramento de navegação para impulsionar o desempenho operacional, garantir maior confiabilidade e maximizar a disponibilidade dos ativos estratégicos.

O projeto conta com investimento da Finep, a empresa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. “Concorremos com vários outros projetos no País. E fomos contemplados porque o projeto tem potencial de impacto no desenvolvimento tecnológico do setor marítimo. O objetivo do Smart Shipping é tornar a dinâmica da navegação semelhante a existente na indústria aérea, onde as tomadas de decisões são muito assistidas e automatizadas para facilitar a vida dos capitães”, completa Mariana Yoshioka, diretora de Engenharia e Inovação da Hidrovias do Brasil.

"Hoje, algumas áreas da navegação ainda operam como nos ‘tempos das caravelas’. E nossa meta é dar um salto tecnológico. A capacidade preditiva é crucial para o aproveitamento ideal da capacidade de carga, a redução de custos logísticos e o fortalecimento da resiliência operacional, especialmente diante de contextos de instabilidade climática", afirma Mariana.

Pioneirismo no uso de tecnologia de drones em operações portuárias - A Wilson Sons, por meio de sua Agência Marítima, iniciou de forma inédita teste com drones da empresa Speedbird Aero para realizar entregas e coletas em embarcações, no Porto de Salvador, em janeiro deste ano.  A iniciativa, considerada um marco de inovação no setor portuário brasileiro, gera maior eficiência nas operações, tornando-as mais seguras, ágeis e sustentáveis, contribuindo para a descarbonização do segmento.  

3 | Novos negócios digitais em tração

Potência econômica do ecossistema — Com apenas três anos de operação, o Cubo Maritime & Port já conecta 21 startups especializadas em soluções para logística, navegação, automação, rastreabilidade e eficiência. Essas startups movimentaram mais de R$ 213 milhões em faturamento em 2024, validando o potencial econômico e tecnológico do ecossistema fomentado pelo hub.

Além do impacto financeiro, essas startups estão gerando novos empregos, atraindo investimento estrangeiro e digitalizando operações em portos, embarcações e cadeias logísticas críticas — evidência de como inovação aberta tem se traduzido em valor de mercado.

Sobre o Cubo Maritime & Port - Lançado em 2022 pelo Cubo Itaú em parceria com Porto do Açu, Hidrovias do Brasil e Wilson Sons, o hub conecta empresas, investidores e academia a startups que redesenham a cadeia marítimo‑portuária com foco em IA, automação, combustíveis limpos e ESG.

Sobre a Hidrovias do Brasil - A Hidrovias do Brasil (HBSA) é uma empresa de logística multimodal pautada por uma visão de longo prazo e que conecta a América Latina aos mercados globais. A Companhia presta serviços em corredores estratégicos da América do Sul, movimentando cargas por rios e terminais portuários.

Sobre o Porto do Açu - Localizado na região norte do Rio de Janeiro, o Porto do Açu é o maior complexo porto-indústria privado de águas profundas da América Latina. Em operação desde 2014, é administrado pela Porto do Açu Operações, uma parceria entre a Prumo Logística, controlada pelo EIG, e o Porto de Antuérpia-Bruges Internacional. Ao todo, são 28 empresas já instaladas, entre clientes e parceiros, sendo várias delas companhias de classe mundial. Com atividades de minério, petróleo e gás natural consolidadas e em expansão, o Açu busca acelerar a industrialização com foco em projetos de baixo carbono, sendo reconhecido como o porto da transição energética no país.

Sobre a Wilson Sons - Reconhecida pela sua ampla experiência de mais de 187 anos, a Wilson Sons tem abrangência nacional e oferece soluções completas para mais de 5 mil clientes, incluindo armadores, importadores e exportadores, indústria de energia offshore, projetos de energia renovável, setor do agronegócio, além de outros participantes em diversos segmentos da economia. Saiba mais em: wilsonsons.com.br

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Conheça o hub, startups residentes e oportunidades de parceria em cubo.network/hub/maritime-port

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