Mercado

Déficit da conta petróleo deve cair e melhorar saldo comercial

Afirmação é do ministro Mauro Borges.

Agência Brasil
21/03/2014 15:53
Déficit da conta petróleo deve cair e melhorar saldo comercial Imagem: Divulgação Visualizações: 1072

 

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, afirmou nesta sexta-feira (21), que haverá uma redução significativa do déficit comercial da chamada conta petróleo, o que irá contribuir para o saldo da balança comercial esse ano. "Esse déficit ainda é significativo. Vai cair esse ano, mesmo com todas as previsões da ANP (Agência Nacional do Petróleo)", disse. No ano passado, a conta petróleo registrou um déficit de US$ 20 bilhões, em função de uma queda nas exportações de petróleo e derivados e do registro atrasado de operações de importações realizadas pela Petrobras ainda em 2012.
O ministro não quis fazer previsão sobre o desempenho da balança comercial esse ano, mas avaliou que haverá uma recuperação das exportações por conta do câmbio mais favorável. "Não estou preocupado do ponto de vista do superávit. Acho que teremos superávit comercial", afirmou em café da manhã com jornalistas.
Ele argumentou que a balança ainda tem registrado resultados ruins por conta de fatores externos, como a retomada mais lenta da economia dos Estados Unidos, um importante mercado para as exportações brasileiras de manufaturados. "Essa retomada titubiante da economia americana afeta os exportadores brasileiros", disse.
Ele também citou as dificuldades com o Mercosul, especialmente a Argentina. Borges argumentou que existe um hiato entre o processo de desvalorização do real e o impacto na competitividade da economia brasileira. Ele acredita, no entanto, que o Brasil está no momento ascendente da curva de recuperação. Para ele, o novo patamar de câmbio é suficiente para sustentar esse processo e ajudará as exportações brasileiras e a produção industrial. "A economia está atingindo um ponto de equilíbrio muito grande esse ano e deve ajudar na recuperação da produção industrial esse ano", afirmou.
Argentina. Borges ainda informou que Brasil e Argentina irão assinar no próximo dia 27 um memorando de entendimento definindo a estruturação financeira das linhas de financiamento para o comércio bilateral. Segundo ele, a ideia é que a linha esteja operando em abril.
O governo brasileiro tem buscado formas para mitigar as barreiras comerciais colocadas por Buenos Aires, que têm levado à uma redução das exportações brasileiras ao país vizinho. Um dos setores mais afetados é o automotivo. Algumas alternativas de financiamento foram apresentadas aos ministros argentinos na semana passada.
"Essa linha de crédito é tradicional. Não estamos inventando a roda", disse o ministro que recebeu os jornalistas pela primeira vez desde que assumiu o cargo. Ele evitou dar detalhes sobre a linha de crédito para não atrapalhar as negociações, mas afirmou que serão linhas operadas por bancos comerciais. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não participará.
"O papel dos governos é fazer que o sistema de empréstimo e de refinanciamento de fato aconteça e encurte os prazos", disse. "Queremos reduzir o tempo de renovação automática desse crédito e criar um sistema que reduza incertezas. Essa é a grande questão", completou.
 

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, afirmou nesta sexta-feira (21), que haverá uma redução significativa do déficit comercial da chamada conta petróleo, o que irá contribuir para o saldo da balança comercial esse ano. "Esse déficit ainda é significativo. Vai cair esse ano, mesmo com todas as previsões da ANP (Agência Nacional do Petróleo)", disse. No ano passado, a conta petróleo registrou um déficit de US$ 20 bilhões, em função de uma queda nas exportações de petróleo e derivados e do registro atrasado de operações de importações realizadas pela Petrobras ainda em 2012.

O ministro não quis fazer previsão sobre o desempenho da balança comercial esse ano, mas avaliou que haverá uma recuperação das exportações por conta do câmbio mais favorável. "Não estou preocupado do ponto de vista do superávit. Acho que teremos superávit comercial", afirmou em café da manhã com jornalistas.

Ele argumentou que a balança ainda tem registrado resultados ruins por conta de fatores externos, como a retomada mais lenta da economia dos Estados Unidos, um importante mercado para as exportações brasileiras de manufaturados. "Essa retomada titubiante da economia americana afeta os exportadores brasileiros", disse.

Ele também citou as dificuldades com o Mercosul, especialmente a Argentina. Borges argumentou que existe um hiato entre o processo de desvalorização do real e o impacto na competitividade da economia brasileira. Ele acredita, no entanto, que o Brasil está no momento ascendente da curva de recuperação. Para ele, o novo patamar de câmbio é suficiente para sustentar esse processo e ajudará as exportações brasileiras e a produção industrial. "A economia está atingindo um ponto de equilíbrio muito grande esse ano e deve ajudar na recuperação da produção industrial esse ano", afirmou.

Argentina. Borges ainda informou que Brasil e Argentina irão assinar no próximo dia 27 um memorando de entendimento definindo a estruturação financeira das linhas de financiamento para o comércio bilateral. Segundo ele, a ideia é que a linha esteja operando em abril.

O governo brasileiro tem buscado formas para mitigar as barreiras comerciais colocadas por Buenos Aires, que têm levado à uma redução das exportações brasileiras ao país vizinho. Um dos setores mais afetados é o automotivo. Algumas alternativas de financiamento foram apresentadas aos ministros argentinos na semana passada.

"Essa linha de crédito é tradicional. Não estamos inventando a roda", disse o ministro que recebeu os jornalistas pela primeira vez desde que assumiu o cargo. Ele evitou dar detalhes sobre a linha de crédito para não atrapalhar as negociações, mas afirmou que serão linhas operadas por bancos comerciais. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não participará.

"O papel dos governos é fazer que o sistema de empréstimo e de refinanciamento de fato aconteça e encurte os prazos", disse. "Queremos reduzir o tempo de renovação automática desse crédito e criar um sistema que reduza incertezas. Essa é a grande questão", completou.
 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Bacia de Campos
ANP autoriza retorno da produção do FPSO Peregrino
17/10/25
Exportação
Petrobras irá vender seis milhões de barris de petróleo ...
17/10/25
OTC Brasil 2025
Equinor marca presença na OTC Brasil 2025 e apresenta so...
17/10/25
Parceria
Nexio fecha parceria com Porto do Açu para projetos de i...
16/10/25
Bacia de Santos
Bacalhau, maior campo internacional da Equinor, inicia o...
16/10/25
Evento
PortosRio marca presença na Rio+Agro 2025
14/10/25
PPSA
PPSA publica edital do Leilão de Áreas Não Contratadas
09/10/25
Rio de Janeiro
Porto Sudeste é premiado por projeto "Mulheres Extraord...
09/10/25
Indústria Naval
Amazonas tem R$ 1,25 bilhão em obras navais contratadas ...
07/10/25
Petrobras
Novas embarcações de apoio a sistemas submarinos serão c...
07/10/25
Pré-Sal
FPSO P-91 que será instalado no campo de Búzios tem cont...
03/10/25
Rio de Janeiro
Guarda Portuária da PortosRio participa de capacitação d...
02/10/25
Pré-Sal
Vindo estaleiro Benoi, em Singapura o FPSO P-78 chega ao...
01/10/25
Amazonas
Amazonas vai receber investimentos de R$ 1,7 bi do Fundo...
29/09/25
Margem Equatorial
Ibama aprova Avaliação Pré-Operacional (APO) realizada p...
25/09/25
Investimentos
Com investimentos de R$ 436 mi, portos de Santa Catarina...
24/09/25
Oportunidade
Petrobras abre mais de 700 vagas para jovens aprendizes ...
24/09/25
Bacia de Campos
A Equinor, empresa global de energia presente no Brasil ...
24/09/25
Comércio Exterior
Importações crescem 4,8% e balança comercial marítima do...
22/09/25
Contrato
OceanPact assina contratos com a Petrobras para monitora...
18/09/25
Pessoas
ABESPetro elege novo Conselho de Administração para biên...
17/09/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.