Redação TN Petróleo/Assessoria Firjan
Oportunidades e desafios no processo de descarbonização de diferentes segmentos, como a exploração e produção de óleo e gás offshore, a atividade portuária, a navegação comercial e energias renováveis foram apresentados no encontro “Soluções para Descarbonização nos Oceanos”, em 19/04. Realizado na Casa Firjan e com transmissão on-line, o debate é o segundo da série "Conhecer, Responder e Inovar - A transição energética no ecossistema marítimo", promovido pela Firjan e pela OceanPact Serviços Marítimos. O terceiro e último evento da série ocorre dia 12 de maio e debaterá sobre “O Papel Da Inovação Na Transição Energética Offshore”, também na Casa Firjan.
Izabel Ramos, gerente de Mercados de Carbono na Petrobras, informou que a empresa tem meta de reduzir em 25% as emissões absolutas de CO2 até 2025 e ambição de ser net zero até 2050. “É um enorme desafio; emitimos 60 milhões de toneladas de CO2 por ano nos escopos 1 e 2, que são produção e operação. Trouxemos as metas para todos os funcionários e lançamos o Programa Petrobras Carbono Neutro, com cinco pilares”, contou. A empresa está avaliando novas oportunidades de negócios além dos combustíveis fósseis, ainda sem definição. Um dos estudos é criar um produto que, ao ser queimado, emita menos carbono, como o diesel renovável.
As grandes empresas vêm convergindo em alguns pontos, entre eles a definição de metas, segundo Diogo Sandy, gerente de Segurança e Sustentabilidade da Equinor, que parafraseou Charles Darwin: “Quem melhor se adaptar às mudanças, vai sobreviver a elas. O desafio da indústria é fornecer fontes limpas de energia para a crescente demanda”.
A Equinor também pretende atingir net zero em 2050 e ter 30% de todo investimento em energias renováveis ou baixo carbono até 2025. Dos quatro projetos da empresa no Brasil, o maior é o Campo de Bacalhau. “Neste campo teremos a maior plataforma FPSO do país e pretendemos implantar uma tecnologia inédita: um ciclo combinado com turbinas a vapor e a gás, em parceria com fornecedores”.
Rafael Thome, diretor geral Brasil e América Latina da Maersk, informou que o objetivo da empresa é reduzir em 50% as emissões de CO2 até 2030 e ser net zero até 2040: “Focamos em descarbonização, saúde dos oceanos e energia renovável. Reduzimos 16% de nossa emissão de CO2 e coletamos 37 toneladas de plástico nos oceanos, com três embarcações destinadas a esse serviço em 2021”. A empresa investe na frota de carbono neutro e encomendou oito navios que serão movidos a energia renovável. Participa também da instalação de parque eólico flutuante, com novas tecnologias, em outros países.
O Porto do Açu, em São João da Barra, pretende fazer um mercado de crédito de carbono nos 40 km de reserva de restinga em sua área. “As embarcações que acessarem o porto, com bom nível de desempenho sustentável, terão desconto. Há projetos em estudo, como uma planta de hidrogênio verde e outra de fertilizantes; a geração de energia solar está saindo do papel; e existem 12 projetos de eólica offshore na região”, enumerou Ricardo de Luca, diretor de Energia e Renováveis do Porto do Açu.
A medição do evento foi de Fernando Borensztein (foto), diretor de Novos Negócios e Sustentabilidade da OceanPact; e Heber Bispo, coordenador de Cadeia de Valor de Petróleo, Gás e Naval na Firjan.
O Papel Da Inovação Na Transição Energética Offshore
O terceiro e último evento da série "Conhecer, Responder e Inovar - A transição energética no ecossistema marítimo" ocorre em 12 de maio, também às 17h na Casa Firjan e com transmissão on-line. O tema será “O Papel Da Inovação Na Transição Energética Offshore”.
Os convidados são Alfredo Renault, superintendente da ANP; Anna Paula, gerente de Projetos de inovação e pesquisa da Schlumberger; Marcelo Andreotti, gerente de P&D, Desenvolvimento de Negócios, Tecnologia Offshore de O&G da Repsol Sinopec Brasil; Lucas Correa, gerente de Inovação de Mercado, Combustíveis do Futuro e Descarbonização, e Inovação da Wärtsilä; e Emilio Lebre La Rovere, professor do Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ. A mediação ficará a cargo de Leonardo Maciel, gerente de Inovação na OceanPact, e Carla Giordano, gerente Regional Pesquisa Serviço Tecnologia da Firjan SENAI.
Para assistir ao debate “Soluções para Descarbonização nos Oceanos” clique no link https://youtu.be/UwRh3WhoZys .
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