A fabricação dos equipamentos começou em 2022 e envolveu mais de 3500 profissionais, movimentando a região sul do País.
Redação TN Petróleo/Assessoria EBRO EBR (Estaleiros do Brasil) acaba de fazer uma importante entrega para a Saipem, contratada da Petrobras para a fabricação e montagem de módulos que serão instalados na FPSO P-79 (plataforma flutuante de produção, armazenagem e transferência de petróleo). No total serão cinco módulos, que partem rumo à Coreia do Sul, onde serão integrados.
A atuação do EBR foi dividida em duas fases: três módulos entregues no dia 10/09 e outros dois, serão em 08/10. A fabricação foi iniciada em 2022 e envolveu mais de 3500 profissionais. Em apenas um dos módulos (M-10), o peso estimado é de 4.128 toneladas, sendo 500 de tubulação.
"Foi um projeto complexo, que envolveu muitos profissionais e impulsionou a mão de obra local, nos municípios de São José do Norte e Rio Grande (RS). No EBR, recebemos toda a engenharia do cliente para a construção dos módulos, que precisaram ser fabricados e montados com precisão impecável, antes de serem soldados em navios de embarque. O sucesso da entrega foi garantido pela forte integração entre as áreas do estaleiro e pela dedicação de todos os envolvidos", disse o Gerente do Empreendimento (EBR), Francisco Emanuel Ricardo Junior.
A entrega do dia 10/09 refere-se ao módulo 04, a ser utilizado para a remoção de dióxido de carbono; ao módulo 14, uma unidade composta por tanques de armazenagem de produtos químicos, bombas e laboratório para análises físico-químicas de todas as fases do processo; além do módulo 15, composto por equipamentos necessários para a produção e armazenamento de água, diesel e distribuição de ar (instrumento/serviço).
Em um cenário de amplo diálogo acerca do ESG (Environmental, Social and Governance) o EBR se destacou durante a execução dos módulos, se tornando o primeiro estaleiro no Brasil a receber a certificação da SA8000, uma Norma Internacional de Responsabilidade Social. Implementação de práticas e políticas de direitos humanos, de repúdio ao trabalho infantil e ao trabalho forçado são assumidas pela alta administração e divulgadas a todos os profissionais. Além disso, a empresa atua com a disponibilidade de canais de denúncias em combate à discriminação, desenvolvimento de campanhas internas e levantamento e avaliação dos riscos sociais, devidamente monitoradas por uma Equipe de Desempenho Social, formada de forma equilibrada entre representantes da força de trabalho e alta administração.
No dia 08/10 serão entregues o módulo 01, chamado de sistema Flare, que é responsável pela recuperação de parte do gás, reduzindo CO e CO₂ (emitidos para a atmosfera e envio do excesso para a queima) e, também, o módulo 10, responsável pelo processamento de óleo e tratamento de água produzida.
FPSO P-79
Os módulos entregues pelo EBR farão parte da FPSO P-79, oitava unidade a ser instalada no campo de Búzios, o maior de petróleo em águas profundas do mundo. Está localizado na região do pré-sal da Bacia de Santos, a aproximadamente 200 km da costa do Rio de Janeiro, com início da produção prevista para 2025.
A capacidade total de produção será de 180.000 barris de petróleo por dia, 7,2 milhões de m3 de gás diariamente. A operação de produção é de longo prazo (25 anos).
Em meio à grande mobilização de pessoas contratadas pelo EBR, o estaleiro, que é um dos três em funcionamento do Brasil, manteve a Certificação Internacional de Responsabilidade Social - SA8000. Em julho, a auditora da Norma visitou as instalações da empresa e atestou o cumprimento de todos os requisitos, incluindo a capacitação necessária e o bem-estar dos profissionais envolvidos no projeto.
Sobre o Estaleiro EBR - O Estaleiros do Brasil contempla uma área de aproximadamente 1,7 milhão de m², com instalações amplas e infraestrutura própria. Possui capacidade para processar cerca de 30 mil toneladas de topside por ano, com estruturas (workshop), oficina de tubulações (pipe shop), oficina climatizada de jateamento e pintura e área de montagem externa.
Com um cais de 530 metros lineares e calado com 12 metros de profundidade, o estaleiro pode executar serviços de integração de plataformas do tipo FPSO, além de oferecer serviços de atracação e hibernação (lay-up) para outros tipos de unidades e operações de load in e load out de grandes módulos.
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