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Em dez anos, o País estará produzindo cerca de 5,3 milhões de barris/dia, diz José Mauro Coelho do MME

Redação TN Petróleo/Assessoria MME
04/02/2021 19:35
Em dez anos, o País estará produzindo cerca de 5,3 milhões de barris/dia, diz José Mauro Coelho do MME Imagem: Bruno Spada/MME Visualizações: 719 (0) (0) (0) (0)

"O Brasil produz 3 milhões de barris de petróleo/dia. Em dez anos, o País estará produzindo cerca de 5,3 milhões de barris/dia, o que significa novas oportunidades, geração de emprego e renda. O Brasil estará entre os três ou quatro maiores produtores e exportadores de petróleo do mundo, em 2030". A afirmação é do secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), José Mauro Coelho (foto), ao participar de debate virtual, nesta terça-feira (03/02), sobre o "Mercado atual de O&G e previsões para 2021". Promovido pelo Destri Consulting Canal, o encontro também contou com a participação do Almirante Rodolfo Saboia, novo diretor geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

Institucional

O secretário do MME falou dos impactos da pandemia sobre os diversos segmentos do setor, que provocaram desafios no setor de combustíveis e gás natural em todo o País. "Foram desafios que o MME teve que trabalhar com a ANP e agentes privados para que tivéssemos a manutenção do abastecimento e não faltasse o GLP nas residências", exemplificou José Mauro.

Otimista, o secretário ressaltou que foi um ano de oportunidades e realizações importantes para o setor de petróleo e gás natural do Brasil. Entre elas está a conclusão da primeira fase do Programa de Revitalização de Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres (Reate), com a criação da Mesa Reate nos estados. O objetivo é entender os desafios a nível regional e estadual e agir para que a indústria local de petróleo e gás se desenvolva com maior celeridade. Já foram realizadas a Mesa Reate Rio Grande do Norte e Bahia. Em 30 de março será a vez da Mesa Reate Espírito Santo.

Institucional"O Reate foi gerado com a expectativa de aumentarmos a produção de petróleo e gás natural em terra. O mais importante é que essa produção, em regiões de baixo IDH, leva desenvolvimento local, gera uma cadeia de bens e serviços e muda todo o entorno", declarou o secretário.

Ele também lembrou do 2º Ciclo da Oferta Permanente, no qual 17 áreas foram vendidas. Além da aprovação de incentivos a pequenas e médias empresas de exploração de petróleo e gás e a possibilidade de redução de até 5% dos royalties.

Citou ainda a criação do Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos (Promar), focado na revitalização dos campos maduros offshore e que deverá preencher a lacuna dos campos da região do pós-sal. "Temos que propor incentivos para o aumento dessa produção, para dinamizar as economias locais. Se trabalharmos com os agentes privados e governos estaduais, podemos criar condições para que esses campos possam ser economicamente viáveis para geração de emprego e renda", afirmou.

Outro destaque apontado foi o novo mercado de gás natural no Brasil. Números de 2020 mostram que foram dadas 26 autorizações de carregamentos -- anos atrás, eram apenas três. Foram dadas também 30 autorizações de comercialização de gás natural e 30 autorizações de importação. "Isso mostra a credibilidade do desenho do novo mercado de gás natural que estamos construindo no Brasil", disse.

O diretor da ANP, Rodolfo Saboia, lembrou que a indústria de petróleo e gás, após esse período difícil, mostrou resiliência. "O nosso petróleo do pré-sal é muito favorável ao combustível marítimo. O fato dele ser muito procurado ajudou bastante. As medidas para mitigar os impactos fizeram com que a indústria passasse relativamente bem nesse período", afirmou Saboia.

Divulgação

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