Esse foi o tema central da 1ª plenária do evento.
Redação TN
O aumento da demanda por energia e das emissões de CO2 é uma preocupação atual das empresas de petróleo. E esse foi o tema central das discussões da primeira plenária da Rio Oil & Gas 2012, que teve como foco “O papel da indústria do Petróleo na Promoção do Desenvolvimento Econômico Sustentável”.
Representantes da indústria indicaram que pelo menos 65% da demanda de energia até 2050 será de combustíveis fósseis. Por isso, petroleiras como Petrobras, Shell e Repsol Sinopec Brasil estão investindo no desenvolvimento de energias alternativas, gás não convencional e novas tecnologias.
O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, foi o moderador do debate, onde destacou a importância da energia para o desenvolvimento e para a qualidade de vida.
"Hoje a humanidade desfruta de uma qualidade de vida muito superior se comparada há dois séculos. E ainda que o setor de petróleo e gás contribua como fonte primária de energia em mais de 50%, a demanda crescente por energia ainda é o nosso maior desafio“, apontou.
O executivo alertou, entretanto, que a capacidade de geração está muito próxima da demanda total e que qualquer crise pode afetar diretamente a área de energia e o valor do petróleo. Segundo ele, na última década, o preço do barril de petróleo girava em torno de US$ 15 e US$ 20 e, nos últimos anos, ultrapassou a barreira dos US$ 100. "Por isso, o investimento em petróleo tem crescido. O mundo investiu US$ 556 bilhões no ano passado em petróleo. Neste ano, deve superar US$ 600 bilhões. Essa é a resposta do setor para atender à demanda crescente", afirmou Barbassa, destacando ainda a importância de ações de eficiência energética para a sustentabilidade.
José María Moreno, CEO da Repsol Sinopec Brasil, que também participou da sessão plenária, lembrou que, apesar dos US$ 296 bilhões previstos pela Agência Internacional de Energia (AIE) para acesso a energia, em 2030, 2,7 bilhões de pessoas não terão combustíveis modernos.
De acordo com o executivo, 23% da energia são consumidos por 5% da população e que a previsão é de aumento de 43% das emissões de CO2. "As empresas de petróleo devem corresponder às demandas da sociedade e fornecer energia que o mundo necessita para avançar. Há necessidade imperativa de melhorar o perfil de sustentabilidade da energia fornecida à sociedade", avaliou.
Para a Petrobras, a solução encontrada para a redução da produção dos atuais campos de petróleo e gás natural foi investir em alternativas energéticas, desenvolvimento de novos processos e serviços e conhecimento. Já a Shell investiu na produção de gás natural, GNL e biocombustíveis.
De acordo com André Araújo, CEO da Shell Brasil, pela primeira vez na história da companhia, a petroleira vai produzir mais gás natural do que petróleo. Na área de biocombustíveis, um dos grandes investimentos da petroleira, no Brasil, foi a criação da Raízen e, no mundo, a empresa também investiu em tecnologias de captura e armazenamento de carbono.
Crescimento da demanda por energia, conteúdo local, produção de biocombustíveis, sustentabilidade e novas tecnologias foram alguns dos destaques da apresentação do presidente da Shell Brasil.
A tecnologia de captura e armazenamento de CO2 foi outro ponto alto da apresentação de Araujo: “No Brasil, como no resto do mundo, a indústria de energia é o oxigênio da economia. Não se pode simplesmente ter desenvolvimento econômico sustentável sem um sistema de energia seguro, confiável e acessível”, finalizou.
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