O CMN (Conselho Monetário Nacional) autorizou ontem as companhias de energia dos Estados que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014 a contratarem financiamento para empreendimentos que não estavam previstos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
A Coelce (Companhia Energética do Ceará) informou que já participou de reuniões com o Governo do Estado sobre planejamento para a Copa do Mundo, mas está em fase de estudo dos projetos que serão realizados para o campeonato.
A partir da decisão do CMN ontem, investimentos em projetos de distribuição de energia ou de reparos para aumentar o potencial das linhas já existentes também terão linha específica, com limite de até R$ 350 milhões, no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Segurança energética
Os empreendimentos, segundo o governo, poderão aumentar a segurança e a confiabilidade do abastecimento de energia e reduzir os custos. Além disso, por se tratar de melhorias em linhas já existentes, o impacto ambiental é reduzido.
As linhas existentes no PAC eram voltadas basicamente a projetos novos.
Investimento para Copa
Em maio do ano passado, foi anunciado que para atender as exigências da Federação Internacional de Futebol (Fifa), serão destinados R$ 9,4 bilhões, que vão além da reforma e modernização dos estádios de futebol - Castelão e Presidente Vargas -, mas que passam por investimentos em meio ambiente e saneamento básico, transporte e mobilidade urbana, segurança, saúde, energia, telecomunicações e turismo.
Outras linhas
Na reunião de ontem do CMN, ainda foram estabelecidas as condições para a concessão dos financiamentos subvencionados do BNDES. Uma das novidades é a criação de uma linha de crédito a empresas exportadoras de bens de capital e bens de consumo com renda anual bruta de até R$ 90 milhões.