Empresas

Energisa assume controle e gestão do Grupo Rede

Companhia pagou valor simbólico de R$1.

Valor Econômico
14/04/2014 13:53
Visualizações: 845 (0) (0) (0) (0)

 

A Energisa assumiu na sexta-feira o controle acionário e a gestão das oito distribuidoras de energia elétrica do Grupo Rede, que estavam sob intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desde setembro de 2012. O prazo final para a transferência das concessões terminaria amanhã e, se o processo não fosse concluído, as distribuidoras poderiam ser estatizadas.
A Energisa pagou o valor simbólico de R$ 1 pelas ações das companhias, que pertenciam ao empresário paulista Jorge Queiroz. Em troca, o grupo mineiro assume dívidas de R$ 7 bilhões, se somados passivos com aquisição de energia, encargos, impostos, fornecedores e bancos. Uma fonte, porém, calcula que as dívidas chegam a R$ 12 bilhões.
As distribuidoras do Rede ficam no Mato Grosso (Cemat), Mato Grosso do Sul (Enersul), Tocantins (Celtins), São Paulo (Caiuá, Nacional e Vale Paranaparema), Minas Gerais (Bragantina) e Paraná (Força e Luz do Oeste).
"Estamos concretizando um sonho", disse Ricardo Botelho, presidente da Energisa, que, ao lado de seu irmão, Mauricio Botelho, vice-presidente financeiro, iniciou um périplo para realizar assembleias e assumir o controle das oito distribuidoras. Os executivos falaram na sexta-feira com Valor de Campo Grande (MS) e já haviam passado por São Paulo, local em que ficava a sede do grupo Rede. Hoje, eles seguem para Cuiabá (MT) e Palmas (TO), e devem passar ainda por Presidente Prudente (SP), para uma reunião com lideranças da região, atendida pela Caiuá.
Os executivos que ficarão à frente das distribuidoras do Rede são Riberto José Barbanera (Celtins), Marcelo Rocha (Enersul), Wilson Couto (Cemat) e Carlos Temke (Rede Sul- Sudeste, formada pelas empresas em SP, PR e MG).
Esse é o negócio mais ousado firmado pela família Botelho, que tem a seu lado dois sócios financeiros de peso na empreitada: Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, e o empresário mineiro Antonio José de Almeida Carneiro, conhecido pelo apelido de Bode, ex-sócio do banco Multiplic. Carneiro sempre torceu pela aquisição do Rede, diz Ricardo.
Em 2013, enquanto ganhava músculos para disputar o Rede, a Energisa associou-se à Gávea, de Armínio e Luiz Henrique Fraga. O Fundo GIF IV comprou ações de Carneiro, passando a deter 5% do capital votante e 11% do capital total do grupo mineiro. A "família Carneiro" aparece hoje com 3% do capital votante e 8% do capital total da Energisa. A "família Botelho" possui 87% das ações com direito a voto e 71% do capital total.
Mas os problemas da Energisa estão longe de terminar. O grupo terá de colocar as operações e as finanças das distribuidoras em ordem em meio a um das piores crise energéticas já vividas pelo país. "Com 100 anos de história, já passamos por vários momentos críticos. Confiamos bastante na solução que está sendo colocada pelo governo", disse Ricardo.
Na segunda-feira, a empresa começa a assinar cheques no valor R$ 500 milhões para pagar credores que optaram por receber à vista. A companhia terá de desembolsar R$ 1,95 bilhão para quitar dívidas do Rede e ainda terá de aportar R$ 1,2 bilhão nas distribuidoras.
Queiroz também terá de responder a um processo administrativo na Aneel, que começa agora, ao lado de que outros três ex-diretores do Grupo Rede que estão sendo investigados pela Aneel.
O Rede foi protagonista do maior calote no setor elétrico e de uma das maiores recuperações judiciais do país. "Processos grandes como esse são frutos de um alinhamento de posições. Houve alinhamento do governo, dos credores e dos órgãos reguladores", disse Thomas Felsberg, advogado que representa Queiroz.
Com o Rede, a receita líquida anual da Energisa salta de R$ 2,9 bilhões para R$ 8,4 bilhões, colocando-a em sexto no ranking do setor de distribuição e na sétima posição entre as maiores elétricas do Brasil. Antiga Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina, o grupo é dono das distribuidoras Energisa Paraíba, Borborema, Energisa Sergipe, Energisa Minas Gerais e Nova Friburgo.

A Energisa assumiu na sexta-feira o controle acionário e a gestão das oito distribuidoras de energia elétrica do Grupo Rede, que estavam sob intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desde setembro de 2012. O prazo final para a transferência das concessões terminaria amanhã e, se o processo não fosse concluído, as distribuidoras poderiam ser estatizadas. A Energisa pagou o valor simbólico de R$ 1 pelas ações das companhias, que pertenciam ao empresário paulista Jorge Queiroz. Em troca, o grupo mineiro assume dívidas de R$ 7 bilhões, se somados passivos com aquisição de energia, encargos, impostos, fornecedores e bancos. Uma fonte, porém, calcula que as dívidas chegam a R$ 12 bilhões.


As distribuidoras do Rede ficam no Mato Grosso (Cemat), Mato Grosso do Sul (Enersul), Tocantins (Celtins), São Paulo (Caiuá, Nacional e Vale Paranaparema), Minas Gerais (Bragantina) e Paraná (Força e Luz do Oeste).


"Estamos concretizando um sonho", disse Ricardo Botelho, presidente da Energisa, que, ao lado de seu irmão, Mauricio Botelho, vice-presidente financeiro, iniciou um périplo para realizar assembleias e assumir o controle das oito distribuidoras. Os executivos falaram na sexta-feira com Valor de Campo Grande (MS) e já haviam passado por São Paulo, local em que ficava a sede do grupo Rede. Hoje, eles seguem para Cuiabá (MT) e Palmas (TO), e devem passar ainda por Presidente Prudente (SP), para uma reunião com lideranças da região, atendida pela Caiuá.


Os executivos que ficarão à frente das distribuidoras do Rede são Riberto José Barbanera (Celtins), Marcelo Rocha (Enersul), Wilson Couto (Cemat) e Carlos Temke (Rede Sul- Sudeste, formada pelas empresas em SP, PR e MG).


Esse é o negócio mais ousado firmado pela família Botelho, que tem a seu lado dois sócios financeiros de peso na empreitada: Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, e o empresário mineiro Antonio José de Almeida Carneiro, conhecido pelo apelido de Bode, ex-sócio do banco Multiplic. Carneiro sempre torceu pela aquisição do Rede, diz Ricardo.


Em 2013, enquanto ganhava músculos para disputar o Rede, a Energisa associou-se à Gávea, de Armínio e Luiz Henrique Fraga. O Fundo GIF IV comprou ações de Carneiro, passando a deter 5% do capital votante e 11% do capital total do grupo mineiro. A "família Carneiro" aparece hoje com 3% do capital votante e 8% do capital total da Energisa. A "família Botelho" possui 87% das ações com direito a voto e 71% do capital total. Mas os problemas da Energisa estão longe de terminar. O grupo terá de colocar as operações e as finanças das distribuidoras em ordem em meio a um das piores crise energéticas já vividas pelo país. "Com 100 anos de história, já passamos por vários momentos críticos. Confiamos bastante na solução que está sendo colocada pelo governo", disse Ricardo.


Na segunda-feira, a empresa começa a assinar cheques no valor R$ 500 milhões para pagar credores que optaram por receber à vista. A companhia terá de desembolsar R$ 1,95 bilhão para quitar dívidas do Rede e ainda terá de aportar R$ 1,2 bilhão nas distribuidoras. Queiroz também terá de responder a um processo administrativo na Aneel, que começa agora, ao lado de que outros três ex-diretores do Grupo Rede que estão sendo investigados pela Aneel.


O Rede foi protagonista do maior calote no setor elétrico e de uma das maiores recuperações judiciais do país. "Processos grandes como esse são frutos de um alinhamento de posições. Houve alinhamento do governo, dos credores e dos órgãos reguladores", disse Thomas Felsberg, advogado que representa Queiroz.


Com o Rede, a receita líquida anual da Energisa salta de R$ 2,9 bilhões para R$ 8,4 bilhões, colocando-a em sexto no ranking do setor de distribuição e na sétima posição entre as maiores elétricas do Brasil. Antiga Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina, o grupo é dono das distribuidoras Energisa Paraíba, Borborema, Energisa Sergipe, Energisa Minas Gerais e Nova Friburgo.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Royalties
Valores referentes à produção de fevereiro para contrato...
29/04/25
Biometano
TBG desenvolve projeto de Hub de Biometano para incremen...
29/04/25
Gás Natural
Comgás abre chamada pública para aquisição de gás natural
29/04/25
Pessoas
BRAVA Energia anuncia Carlos Travassos como novo Diretor...
28/04/25
OTC 2025
Indústria brasileira vai à OTC 2025 buscando ampliar sua...
28/04/25
Energia Elétrica
Mês de maio tem bandeira amarela acionada
28/04/25
Energia Elétrica
Prime Energy expande atuação em Minas Gerais
28/04/25
Resultado
PPSA encerra 2024 com lucro de R$ 28,8 milhões
28/04/25
Seminário
Estaleiro Mauá realiza Seminário Soluções e Inovações de...
28/04/25
Etanol
Hidratado e anidro fecham a semana em baixa
28/04/25
Etanol
MG deverá colher 77,2 milhões de toneladas de cana na sa...
28/04/25
Bunker
Petrobras e Vale celebram parceria para teste com bunker...
25/04/25
Pessoas
Thierry Roland Soret é o novo CEO da Arai Energy
25/04/25
Combustível
ANP concede autorização excepcional para fornecimento de...
25/04/25
Sísmica
ANP aprova aprimoramento de normas sobre dados digitais ...
25/04/25
RenovaBio
Regulação do RenovaBio trava o mercado e ameaça metas de...
25/04/25
Bacia de Santos
Oil States do Brasil fecha novo contrato com a Petrobras...
24/04/25
Oportunidade
Últimos dias para se inscrever no programa de estágio da...
24/04/25
ESG
Necta Gás Natural reforça compromisso com princípios ESG...
24/04/25
Investimentos
Bahia vai receber fábrica de metanol e amônia verdes e o...
24/04/25
Pré-Sal
Parceria entre CNPEM e Petrobras mira uso do Sirius para...
24/04/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22