O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, a Rede Nossa São Paulo e o WWF-Brasil, com o apoio da Fundación Avina, apresentam uma agenda inédita de compromissos e critérios que nortearão um grupo de trabalho para tornar mais sustentável a cadeia produtiva de carvão vegetal siderúrgico. A intenção é unir esforços para erradicar a devastação ambiental e o trabalho escravo.
A agenda foi desenvolvida com base em reuniões realizadas com empresas ligadas à produção de aço. Dando corpo ao Grupo de Trabalho para a Sustentabilidade da Produção de Carvão Vegetal de Uso Siderúrgico no Brasil (GT do Carvão Sustentável), os membros do acordo atuarão sobre os fatores críticos socioambientais da produção de ferro gusa e carvão vegetal no Brasil.
Entre os compromissos assumidos estão: estabelecer protocolos para auditoria independente e classificação, segundo critérios objetivos, verificáveis e qualificadores da utilização do carvão vegetal na produção siderúrgica; criar um sistema transparente de rastreamento que possibilite a identificação de toda a madeira utilizada na produção; identificar o potencial impacto socioambiental desse produto em cada etapa da cadeia até que seja processada; estabelecer programa de fomento e ampliação da base florestal plantada e manejada para garantir o pleno abastecimento de carvão vegetal em bases sustentáveis até 2020, entre outras.
O processo envolverá produtoras de ferro gusa, de carvão vegetal, de madeira plantada, mineradoras, indústrias de fabricação ou que utilizem o aço (cadeia compradora), entidades setoriais, organizações da sociedade civil, trabalhadores, diferentes níveis de governo e financiadores.