O presidente do Estaleiro Atlântico Sul, Angelo Bellelis, está em contato com o presidente da Vale, Roger Agnelli, para conversar sobre a possibilidade de construir navios para a mineradora na área do empreendimento pernambucano, que está sendo erguido no Complexo de Suape
Jornal do Commercio
15/09/2009 10:01
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O presidente do Estaleiro Atlântico Sul, Angelo Bellelis, está em contato com o presidente da Vale, Roger Agnelli, para conversar sobre a possibilidade de construir navios para a mineradora na área do empreendimento pernambucano, que está sendo erguido no Complexo de Suape. Na última sexta-feira, durante a solenidade de batimento de quilha do primeiro navio do EAS, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a falar sobre a importância de as empresas brasileiras fomentarem a retomada do crescimento econômico no País. Na ocasião, criticou a decisão da Vale de encomendar navios no mercado chinês.
“É impossível a Vale continuar comprando navio da China, no momento em que a gente está montando uma indústria naval aqui”, afirmou o presidente Lula. “Eu disse que era preciso pensar no Brasil. Você pode comprar mais barato, mas gera emprego na China”, completou, afirmando que pretende reunir os dois executivos.
No que depender do presidente do Atlântico Sul, o encontro já está acertado. “Estou em contato com o Agnelli para conversar e até convidá-lo para conhecer o estaleiro”, diz Bellelis.
Informações publicadas na imprensa dão conta de que desde outubro de 2007 a Vale tem procurado estaleiros brasileiros para tentar fazer encomendas, mas não consegue vaga em função dos pedidos da Transpetro e da Petrobras. A Vale teria, inclusive, enviado e-mail ao Atlântico Sul tentando levantar a disponibilidade. Mas a Vale não tentou um contato mais efetivo, tentando agendar uma reunião com a diretoria do estaleiro.
O EAS conta hoje com 22 navios em carteira (encomendados pela Transpetro), além do casco da plataforma P-55, da Petrobras. “Com esses pacotes ocupamos em 60% a nossa capacidade instalada e, dependendo da demanda do mercado, poderemos avaliar a decisão de investir em um novo dique (flutuante ou seco) para garantir a entrega das encomendas. Tudo vai depender das perspectivas do setor”, analisa. Maior estaleiro do Hemisfério Sul, o EAS tem capacidade para processar 160 mil toneladas de aço por ano.
PRÉ-SAL
Bellelis destaca, ainda, o interesse de disputar as encomendas do cobiçado pré-sal. O empreendimento se candidatou a uma primeira encomenda de oito plataformas FPSOs pela Petrobras e aguarda a decisão da estatal. Em consórcio com a norueguesa LMG, o EAS ofereceu o segundo menor preço na disputa (US$ 535 milhões) atrás do consórcio formado pela brasileira Engevix e a sueca GVA (US$ 468 milhões).
Apesar de ser o número dois na disputa, o EAS ainda pode levar a encomenda, caso a Petrobras se decida por eles. “A Petrobras tem o direito de escolher a quem quer comprar e, na avaliação das empresas não é levado em consideração apenas o preço, mas os riscos e outras condicionantes”, defende Bellelis, ainda apostando na chance de levar o pacote.
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