Mercado

Estrangeiros entram no mercado de combustível marítimo

Norueguesa Scandinavian Bunkering inicia as atividades no RJ.

Agência Estado
13/03/2013 11:21
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Nas duas últimas semanas, o mercado brasileiro de venda e distribuição de combustíveis marítimos ganhou destaque com a entrada no mercado de duas empresas internacionais especializadas. A norueguesa Scandinavian Bunkering inicia as atividades no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (13) - uma semana após o anúncio da parceria do grupo EBX, de Eike Batista, com a britânica BP para o fornecimento dos combustíveis no Porto de Açu.
As companhias estrangeiras disputam um mercado anual de distribuição de 5 milhões de toneladas de combustível, comércio hoje concentrado pela Petrobras. Apostam na demanda crescente da navegação de cabotagem, relacionada à exploração de petróleo e gás, setor que em 2012 cresceu 4%, de acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Desse montante, 77% do volume transportado pelos navios foram combustíveis, entre eles o diesel marítimo e bunker. Além da cabotagem, as empresas se empenham no abastecimento da navegação de longo curso e de apoio marítimo, que consistem em modalidades de suporte logístico à exploração de petróleo.
O momento fortalece a presença de empresas internacionais no segmento que vem representando forte expansão entre as empresas brasileiras. Entre 2007 e 2011, houve um crescimento de 70% no número de empresas nacionais de navegação autorizadas a operar no setor, de acordo com levantamento da Antaq publicado no ano passado. As duas novas empresas não revelaram volume de investimentos e movimentação, bem como a Petrobras, que considera a informação estratégica.
A Scandinavian Bunkering estuda sua chegada ao mercado brasileiro desde novembro. A empresa também tem filial em Cingapura, onde atua no fornecimento de combustível e suprimentos para embarcações voltadas para a exploração e comercialização de petróleo. "A empresa no Brasil estará focada no mercado de óleo e gás e cabotagem, ambos em franca expansão no país", afirmou a companhia, em comunicado.
A parceria com Eike Batista marca o início da atuação do braço norte-americano da empresa britânica de petróleo BP também no setor de fornecimento de combustíveis marítimos. As operações estão previstas para este ano no Porto de Açu e o foco será o abastecimento das empresas que se instalarão no complexo. "A MFX será criada para atender às novas demandas de clientes do Superporto do Açu e irá suportar o crescimento do mercado de indústrias offshore do Brasil", afirmou, em nota, o grupo EBX.
Monopólio
De acordo com analistas, a expansão está associada aos investimentos para extração de petróleo. Outra razão apontada pelo setor foram os estímulos do governo federal à área, especialmente na valorização de empresas e frotas sediadas no país. O objetivo era diminuir a dependência do fretamento de embarcações estrangeiras para fazer frente ao crescimento da exploração de petróleo, sobretudo com os investimentos do pré-sal.
Atualmente, a Petrobras tem o monopólio da produção de combustíveis marítimos no país, fazendo a venda direta às empresas. A estatal também é a mais forte companhia no setor de navegação, com 41,5% da participação na área de cabotagem entre as empresas brasileiras, de acordo com a Antaq.
Analistas do mercado, entretanto, avaliam que a estatal não tem conseguido atender à crescente demanda do mercado, o que tem chamado a atenção das empresas para o setor.

Nas duas últimas semanas, o mercado brasileiro de venda e distribuição de combustíveis marítimos ganhou destaque com a entrada no mercado de duas empresas internacionais especializadas. A norueguesa Scandinavian Bunkering inicia as atividades no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (13) - uma semana após o anúncio da parceria do grupo EBX, de Eike Batista, com a britânica BP para o fornecimento dos combustíveis no Porto de Açu.


As companhias estrangeiras disputam um mercado anual de distribuição de 5 milhões de toneladas de combustível, comércio hoje concentrado pela Petrobras. Apostam na demanda crescente da navegação de cabotagem, relacionada à exploração de petróleo e gás, setor que em 2012 cresceu 4%, de acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).


Desse montante, 77% do volume transportado pelos navios foram combustíveis, entre eles o diesel marítimo e bunker. Além da cabotagem, as empresas se empenham no abastecimento da navegação de longo curso e de apoio marítimo, que consistem em modalidades de suporte logístico à exploração de petróleo.


O momento fortalece a presença de empresas internacionais no segmento que vem representando forte expansão entre as empresas brasileiras. Entre 2007 e 2011, houve um crescimento de 70% no número de empresas nacionais de navegação autorizadas a operar no setor, de acordo com levantamento da Antaq publicado no ano passado. As duas novas empresas não revelaram volume de investimentos e movimentação, bem como a Petrobras, que considera a informação estratégica.


A Scandinavian Bunkering estuda sua chegada ao mercado brasileiro desde novembro. A empresa também tem filial em Cingapura, onde atua no fornecimento de combustível e suprimentos para embarcações voltadas para a exploração e comercialização de petróleo. "A empresa no Brasil estará focada no mercado de óleo e gás e cabotagem, ambos em franca expansão no país", afirmou a companhia, em comunicado.


A parceria com Eike Batista marca o início da atuação do braço norte-americano da empresa britânica de petróleo BP também no setor de fornecimento de combustíveis marítimos. As operações estão previstas para este ano no Porto de Açu e o foco será o abastecimento das empresas que se instalarão no complexo. "A MFX será criada para atender às novas demandas de clientes do Superporto do Açu e irá suportar o crescimento do mercado de indústrias offshore do Brasil", afirmou, em nota, o grupo EBX.



Monopólio


De acordo com analistas, a expansão está associada aos investimentos para extração de petróleo. Outra razão apontada pelo setor foram os estímulos do governo federal à área, especialmente na valorização de empresas e frotas sediadas no país. O objetivo era diminuir a dependência do fretamento de embarcações estrangeiras para fazer frente ao crescimento da exploração de petróleo, sobretudo com os investimentos do pré-sal.


Atualmente, a Petrobras tem o monopólio da produção de combustíveis marítimos no país, fazendo a venda direta às empresas. A estatal também é a mais forte companhia no setor de navegação, com 41,5% da participação na área de cabotagem entre as empresas brasileiras, de acordo com a Antaq.


Analistas do mercado, entretanto, avaliam que a estatal não tem conseguido atender à crescente demanda do mercado, o que tem chamado a atenção das empresas para o setor.

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