<P>A instalação do Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, exigiu um esforço conjunto dos acionistas, os grupos Camargo Corrêa e Queiroz Galvão e a PJMR Empreendimentos - antes mesmo da entrada da Samsung como sócia, e o governo de Pernambuco para a formação de mão-de-obra capaz de constru...
Gazeta MercantilA instalação do Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, exigiu um esforço conjunto dos acionistas, os grupos Camargo Corrêa e Queiroz Galvão e a PJMR Empreendimentos - antes mesmo da entrada da Samsung como sócia, e o governo de Pernambuco para a formação de mão-de-obra capaz de construir navios, plataformas de petróleo e a estrutura do próprio estaleiro. Depois de passar por um reforço escolar oferecido pelo governo, muitos dos 600 primeiros alunos chegaram ao Centro de Treinamento Francisco C. E. Vasconcelos, construído pelo Atlântico Sul na área do Complexo Industrial e Portuário de Suape.
O Centro - doado ao governo estadual para uso em treinamento de recursos humanos, após a conclusão da formação da mão de obra para o estaleiro - exigiu investimentos de R$ 3 milhões em instalações e máquinas modernas da indústria naval - são as mesmas máquinas que serão usadas na operação do estaleiro. Treinados, os futuros soldadores e eletricistas irão ocupar uma das 5 mil vagas que serão geradas pelo empreendimento. Inaugurado em março, o Centro é a primeira escola técnica erguida por uma empresa privada em Pernambuco. São 2.700 metros quadrados de área construída, que abrigam uma linha de produção semelhante à de uma unidade fabril, 32 boxes de solda, ferramentaria, sala de aula teórica, refeitório, administração, vestiários, almoxarifado e copa.
O treinamento no Centro é a última etapa da qualificação profissional, sob responsabilidade de instrutores com experiência na construção naval. Esses funcionários já entram empregados, após aprovação no Programa de Reforço Escolar do Governo do Estado (dois meses) e na capacitação técnica de três meses executada pelo Senai. Os cursos duram 4 meses e vão até 2010, formando técnicos eletricistas, soldadores, entre outros profissionais. Muitos deles são ex-pescadores da Ilha de Tatuoca, local escolhido para receber o estaleiro.
Não posso deixar de mencionar o resultado que esses funcionários vêm obtendo e que têm surpreendido a mim, aos coordenadores e instrutores e à nossa diretoria industrial. É impressionante a forma como esses aprendizes vêm aproveitando a formação que o Centro oferece e fazendo valer cada centavo do investimento que foi realizado. Começa a ficar evidente a partir da aprendizagem desses primeiros contratados para a nossa área industrial que vamos nos tornar referência em qualidade de mão-de-obra, afirma o presidente do Estaleiro Atlântico Sul, Paulo Haddad.
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