Estudo

Executivos brasileiros acreditam que investir em práticas sustentáveis traz benefícios econômicos de longo prazo, mostra estudo da Deloitte

74% dos entrevistados dizem que suas organizações podem continuar a crescer à medida que reduzem as emissões de carbono em suas operações;


09/02/2023 16:43
Executivos brasileiros acreditam que investir em práticas sustentáveis traz benefícios econômicos de longo prazo, mostra estudo da Deloitte Visualizações: 1087 (0) (0) (0) (0)

Oito em cada dez executivos brasileiros acreditam que investir em práticas ambientalmente sustentáveis traz benefícios econômicos de longo prazo, revela a pesquisa Climate Check 2022, divulgada pela Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo. Para 74% dos entrevistados, suas organizações podem continuar a crescer à medida que reduzem as emissões de carbono em suas operações. O estudo foi realizado entre agosto e setembro do ano passado, antes da COP 27, conferência da ONU para as mudanças climáticas que ocorreu no Egito.

 

Embora compreendam a importância das práticas sustentáveis, menos da metade dos executivos (48%) afirma que as empresas em que atuam investiram nas tecnologias necessárias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Apesar disso, 37% das organizações pretendem acelerar os esforços de sustentabilidade este ano no país. No entanto, fatores internos e externos, como inflação e questões geopolíticas preocupam as lideranças empresariais, e já estão afetando algumas estratégias corporativas para o clima e a sustentabilidade (36%).

 

O estudo mostra que para os executivos brasileiros, os governos precisam implementar medidas para reprimir o greenwashing (62%) e minimizar os riscos de investimentos em tecnologias limpas, com garantias e subsídios (58%). O termo greenwashing se refere a prática usada por organizações para mascarar os impactos ambientais de suas atividades. Para os entrevistados, os governos deveriam impor padrões de relatórios para controle efetivo desses impactos, em vez de apenas incentivar a produção de relatórios sem critérios pré-estabelecidos.

 

Destaca-se ainda que enquanto 44% dos executivos no país apoiam novas regulamentações e políticas governamentais, 12% querem que os governos priorizem a aplicação das regulamentações e políticas existentes.

 

Metade dos executivos afirmam que garantir uma transição energética justa é prioridade nas suas organizações. De acordo com os entrevistados, 84% das empresas já estão executando estratégias de mitigação e 50% ações de adaptação, mas alguns setores ainda estão atrasados. As estratégias de mitigação têm a função de combater as causas e minimizar os possíveis impactos das mudanças climáticas. Já as estratégias de adaptação consistem em buscar forma de reduzir as consequências negativas das mudanças climáticas e aproveitar as oportunidades que podem originar.
 

Soluções baseadas na natureza, clima extremo e greenwashing devem estar no topo das atenções globais

 

No país, soluções baseadas na natureza (48%), como, por exemplo, a proteção e restauração de recifes de corais e florestas de mangue, preservação de pastagens, gestão sustentável de florestas foram apontadas como o principal tópico sobre mudanças climáticas que devem receber mais atenção globalmente.

 

Outras preocupação destacadas foram o clima extremo (40%); o combate ao greenwashing (40%); transparência e responsabilidade dos negócios (38%); adequação do apoio financeiro para iniciativas climáticas para países em desenvolvimento (38%); segurança climática (34%); o impacto das mudanças climáticas em comunidades marginalizadas, como mulheres, população de baixa renda e grupos minoritários, por exemplo, (34%); o impacto econômico das mudanças climáticas (32%); justiça ambiental (30%); insegurança alimentar (24%); e transparência e responsabilidade dos governos (20%).

 

Instituições acadêmicas são as principais parceiras das empresas para mudanças climáticas

 

Os líderes empresariais brasileiros também responderam como suas organizações estão colaborando com terceiros em iniciativas para enfrentamento às mudanças climáticas. As parcerias ocorrem, principalmente, com instituições acadêmicas (58%), grupos ativistas (56%), ONGs (44%) e governos locais (42%). Isso vem sendo realizado, sobretudo, por meio de apoio a programas e pesquisas.

 

A inovação por meio de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e novas tecnologias está no topo de como as indústrias podem ajudar os países em desenvolvimento a fazer a transição para uma economia de baixo carbono. No Brasil, as organizações acreditam que podem fazer isso através do financiamento de programas e projetos (40%), segundo os executivos entrevistados, seguido do tratamento do lixo ambiental (34%) e desenvolvimento de tecnologias de energia limpa (34%).


Metodologia

 

A pesquisa Climate Check 2022 foi realizada pela Deloitte, em colaboração com a Oxford Economics, com 700 executivos de 14 países, entre agosto e setembro de 2022. O estudo mostra a preocupações dos executivos em torno da crise climática, as ações que estão tomando e que gostariam que os governos tomassem para um futuro sustentável. Além do Brasil, também foram entrevistados executivos da Austrália, Canadá, China, Egito, França, Alemanha, Índia, Japão, África do Sul, Suécia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unidos e Estados Unidos.

 

Veja os dados globais do estudo aqui (em inglês)


Sobre a Deloitte  

A Deloitte é a maior organização de serviços profissionais do mundo, com 415 mil pessoas gerando impactos que realmente importam em mais de 150 países. Com 177 anos de história, oferece hoje serviços de auditoria, consultoria empresarial, assessoria financeira, gestão de riscos e consultoria tributária para clientes públicos e privados dos mais diversos setores. No Brasil, onde atua desde 1911, a Deloitte é líder de mercado, cerca de 7.000 profissionais e operações em todo o território nacional, a partir de 15 escritórios. Para mais informações, acesse o site.  

Fonte: Redação TN com assessoria

Foto:  Mikhail Nilov - Pexel

Mais Lidas De Hoje
veja Também
MME
Resultados do GT de transições energéticas são integrado...
19/11/24
Parceria
Lideranças da Indonésia e do Brasil debatem parcerias es...
19/11/24
Parceria
Brasil e China firmam parceria para buscar soluções inov...
18/11/24
Evento
Bahia sediará Encontro Internacional do Setor de Energia
18/11/24
Rio de Janeiro
Petrobras participa do G20 Social
14/11/24
Meio ambiente
Petrobras e BNDES fazem nova parceria para restauração e...
14/11/24
Transição Energética
Ainda dá tempo de se inscrever no "Seminário Brasil e Bé...
13/11/24
Internacional
Na COP 29, MME debate a importância de ampliar investime...
13/11/24
Biometano
Biometano na rede de gás natural busca impulsionar econo...
13/11/24
Oportunidade
UDOP lança Banco de Talentos para profissionais e recrut...
11/11/24
Energia Eólica
Grupo CCR e Neoenergia firmam contrato de autoprodução d...
11/11/24
Etanol
Anidro e hidratado encerram a semana com pequena variaçã...
11/11/24
Energia elétrica
Desempenho em outubro é o melhor do ano e expansão da ge...
08/11/24
Hidrogênio
Primeira planta de conversão de hidrogênio a partir do e...
08/11/24
Etanol
Cientistas mapeiam microbioma de usinas em busca de maio...
07/11/24
Metanol
ANP amplia monitoramento da comercialização de metanol c...
07/11/24
Geração
ABGD participa de Conferência Internacional em Foz do Ig...
06/11/24
Etanol
Anidro e hidratado fecham a semana valorizados
04/11/24
Energia Elétrica
CCEE ajuda a reduzir custos na gestão da oferta e do con...
01/11/24
Energia Solar
Energia Solar Fotovoltaica: SDE discute potencial e prot...
01/11/24
Empreendedorismo
Co-fundadora da Aliança Empreendedora é a única mulher d...
01/11/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21