Investimentos

Fuhrländer investe em fábrica de equipamentos

O presidente da companhia, Joachin Fuhrländer, confirmou que as obras começam até o final deste ano e deverão ser concluídas no primeiro semestre de 2007. Na semana passada, o empresário participou da terceira edição do Power Future, em Fortaleza, encontro que debateu os avanços do setor de...

Invest News
27/09/2006 00:00
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O presidente da companhia, Joachin Fuhrländer, confirmou que as obras começam até o final deste ano e deverão ser concluídas no primeiro semestre de 2007. Na semana passada, o empresário participou da terceira edição do Power Future, em Fortaleza, encontro que debateu os avanços do setor de energias alternativas.

A agenda no Brasil incluiu ainda reunião, na sexta-feira última, com o Ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau Cavalcante Silva, sobre o projeto da companhia e o andamento do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).

Os primeiros aerogeradores produzidos pela nova fábrica, no Ceará, deverão chegar ao mercado no segundo semestre de 2007. A médio e longo prazos, dependendo do desempenho da segunda etapa do Proinfa e da evolução do mercado, os planos da companhia incluem uma segunda planta industrial, confirma o diretor comercial, Nuno Sá. A etapa posterior contemplaria a fabricação de pás.

Do total a ser investido nesta primeira fase, parte corresponde a capital próprio e o restante a financiamentos de bancos oficiais brasileiros, e de programas do setor.

A fábrica da companhia no Ceará terá condições de colocar no mercado equipamentos para geração de 250 MW a 300 MW em 2007, mas isso vai depender dos projetos de energia éolica em andamento no País. Estamos comprometidos com o Proinfa, afirma Sá.

A Fuhrländer fabrica exclusivamente equipamentos, embora em alguns países, incluindo o Brasil, auxilie no desenvolvimento de projetos. Mas não nos associamos ou estamos conectados a empreendimentos, reforça o executivo.

Sá observa que, para levar adiante a construção da nova unidade, a companhia precisou readequar o projeto original, pois a demanda do mercado brasileiro exigiu equipamentos de maior porte.

As alterações exigiram ainda um novo plano de financiamento, o que atrasou a montagem da fábrica. Conforme o executivo, a empresa tem equipamentos instalados em praticamente toda a Europa e outras países, como Japão e Estados Unidos.

Na plena capacidade de operação, dentro de aproximadamente dois anos, a unidade do Ceará vai empregar 800 trabalhadores, sendo apenas 10% de outras nacionalidades. Sá adianta que a idéia é treinar mão-de-obra local, qualificando profissionais para que tenham oportunidade de progredir na empresa.

De início, a companhia pretende buscar no mercado profissionais com formação técnica para acompanhar a construção da fábrica. Ao mesmo tempo, vai selecionar pessoas para receber treinamento na Alemanha.

Essa equipe ficará encarregada da coordenação dos trabalhos de montagem dos equipamentos da Fuhrländer no Brasil. Além disso, técnicos que já trabalham na área em Portugal e na Alemanha serão deslocados para a fábrica brasileira. De forma gradativa, serão substituídos por técnicos locais.

Trabalhamos com o conceito acompanhar e não dominar: por isso, vamos repassar todo nosso conhecimento, afirma Sá. A idéia é que os próprios brasileiros possam trabalhar com essa tecnologia. A empresa está tratando, com entidades federais envolvidas, a questão do índice de nacionalização de 60%, para avaliar o tempo necessário cumprir essa exigência.

Nos últimos anos, a Fuhrlander vem olhando com muita atenção o mercado da América do Sul, em especial o Brasil, mas Argentina e México também estão na mira da companhia. Joachim Fuhrländer disse que a empresa está analisando o mercado mundial, onde a energia convencional baseada em petróleo encontra dificuldades maiores em relação a novas reservas de matéria-prima.

O empresário aposta em crescimento natural das energias alternativas nos próximos 10 anos e o impulso da demanda deverá ampliar o consumo de equipamentos para o setor. Em nível histórico, a expansão registrada alcança algo em torno de 10%, com algumas variações para mais.

Fuhrländer lembra que o desenvolvimento do setor também depende da capacidade de fabricantes de componentes em atender as empresas de aerogeradores. A companhia faturou 65 milhões em 2005 e projeta alcançar algo em torno de 105 milhões este ano.

O presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abee), Adão Linhares Muniz, também coordenador de Energia e Comunicações do governo do Ceará, que acompanhou Joachin Fuhrlander no encontro com o ministro de Minas e Energia, esclareceu que o Proinfa é um programa de política de longo prazo.

kicker: A empresa só fabrica equipamentos, embora em alguns países, como o Brasil, auxilie no desenvolvimento de projetos

Fonte: Invest News
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